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Você tem se preparado para as demandas do mundo Pós-Normal?

O mundo Pós-Normal surge para abranger um outro conceito já insustentável atualmente: o mundo VUCA

2 jul 2018 - 06h26
(atualizado às 12h11)
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"Um pássaro que repousa numa árvore nunca teme que o galho se quebre porque a sua confiança está em suas asas". Essas palavras compõem um quadro decorativo na casa de Dorothy Irigaray, coach sênior e professora do IPOG. Sem saber o autor e sua origem, ela cita a frase de forma recorrente em suas aulas para ilustrar um cenário comum a nós, seres humanos, uma realidade na qual estamos inseridos e que precisa ser debatida.

Foto: DINO

Trata-se do mundo Pós-Normal, um termo que talvez você não tenha ouvido, mas que conceitua a nossa realidade: um cenário complexo, caótico, disruptivo, isto é, onde ocorrem mudanças abruptas, rápidas e totalmente imprevisíveis.

O mundo Pós-Normal surge para abranger um outro conceito já insustentável atualmente: o mundo VUCA. Criado pela escola de guerra americana na década de 90, após a guerra fria, VUCA é a sigla inglesa para um cenário Volátil, Incerto, Complexo e Ambíguo, as características de uma sociedade pós-guerra que se tornaram normais diante de seus integrantes.

O novo normal passou a se chamar VUCA e, recentemente, deu-se espaço para o Pós-Normal. Segundo Dorothy, há uma frase de um professor chamado Ziauddin Sardar, da The City University, que diz o seguinte: "Tudo que era normal agora evaporou, entramos em tempos pós-normais, entre o período em que velhas ortodoxias estão morrendo, novas ainda nem surgiram e nada realmente faz sentido".

E então, como lidar, encarar e viver nesse mundo Pós-Normal?

É comum ouvir pessoas mais velhas expressarem nostalgias de tempos passados, em que a vida parecia ser mais estável, em que trabalhadores ficavam uma vida inteira no mesmo serviço e tudo parecia ser previsível e simples de se resolver. No entanto, basta adequar esses mesmos exemplos para os dias de hoje que as transformações ficam mais claras, ainda mais com o desenvolvimento frenético das tecnologias e da globalização.

O que podemos fazer no processo de enfrentamento dessa realidade? Muitas vezes, conhecer o cenário é inútil, porque ele muda de uma hora para outra e não tem como prever - a ideia de disrupção. Segundo Dorothy, o segredo está no nosso desenvolvimento integral, algo que ultrapassa o conhecimento técnico e volta para exercício de competências e habilidades comportamentais, emocionais e psicológicas. Em outras palavras, o cenário em que vivemos hoje são os galhos e nós somos o passarinho.

Acreditar em nossas forças e habilidades e também no desenvolvimento delas tem sido o grande ponto nesse contexto. De acordo com uma pesquisa realizada em meados de 2000 por Lombardo e Eichinger, dois profissionais da área de gestão, constatou-se, como explica Dorothy, que o grande diferencial do indivíduo já não é o histórico dele de construção, de performance e experiência, mas sim o desenvolvimento de forças e competências que formam os pilares do Learning Agility, a habilidade de aprender de forma ágil.

Learning Agility e o ambiente organizacional

O LA, estudado inicialmente na Universidade de Columbia, já tem se expandido por todo o mundo devido às possibilidades que ele oferece às pessoas de lidarem com o mundo Pós-Normal, não apenas na vida pessoal, mas principalmente no trabalho, em empresas, organizações, sejam elas de qualquer segmento e tamanho.

Em um mercado cada vez mais competitivo e exigente, o Learning Agility propõe às pessoas a mudança de foco dos galhos para as asas. Isso está relacionado diretamente com a empregabilidade, visto as constantes alterações e inovações pelas quais passam cargos e mundo corporativo.

Nesse sentido, desenvolver a LA é entender que precisamos ter a capacidade de aprender, inovar e se adaptar às demandas em uma velocidade maior, além de aplicar tudo isso também de forma veloz. E isso é Learning Agility. Grande parte da população ainda não tem adquirido esse desenvolvimento, mas a vida profissional e pessoal já tem exigido as seguintes agilidades da LA:

• Agilidade Mental: Capacidade de examinar os problemas complexos e suas possíveis soluções. Pessoas que desenvolvem essa habilidade conseguem assumir riscos, tomar decisões difíceis e realizar conexões entre distintos cenários.

• Agilidade com Mudança: Habilidade que possibilita um bom relacionamento com situações novas e inesperadas. Pessoas com essa característica buscam pela inovação, pelo diferente, o que contribui para o aumento da flexibilidade mental e um contato mais agradável com o que chega de forma incerta.

• Agilidade com Resultados: Quem desenvolve essa habilidade pode atuar bem com entrega rápida de ótimos resultados, mesmo em períodos de crise, além de inspirar e estruturar equipes com performance elevada.

• Agilidade em Autoconhecimento: É a consciência de si, tanto de suas forças quanto de suas fraquezas. Pessoas com esse tipo de agilidade estão em constante evolução, conseguem reconhecer os seus erros e melhorar suas atuações.

• Agilidade com Pessoas: Diz respeito à habilidade de se comunicar e trabalhar bem com pessoas, nos mais diversos cenários, culturas e tipos, é de fato saber lidar com a diversidade.

Qualquer pessoa, dentro de sua racionalidade e consciência, consegue desenvolver e trabalhar a LA. Hoje, Dorothy atende líderes de grandes e importantes organizações por meio do coaching, com o objetivo de trabalhar a maturação dessas habilidades. São pessoas que entenderam que o autodesenvolvimento impacta muito mais do que as competências técnicas dentro de uma empresa.

O galho pode quebrar num piscar de olhos

Hoje, se você não dirigir sua atenção para competências relacionais, comportamentais e aos pilares da LA, para ampliar o seu repertório, não haverá conhecimento técnico que te sustente. Praticar o LA é se tornar alguém mais consciente e preparado para se adaptar ao mundo Pós-Normal.

O que te traz segurança não é a árvore que você está pousado, seja ela uma organização, uma ideia ou ideologia, mas a capacidade de conseguir pousar em outros galhos quando algum se rompe. "O que traz garantia não é o lugar onde você está, mas as condições de se reinventar e se adaptar", conclui Dorothy.

DINO Este é um conteúdo comercial divulgado pela empresa Dino e não é de responsabilidade do Terra
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