Mestre de capoeira é morto a facadas após defender Haddad
Suposto assassino, apoiador de Bolsonaro, foi preso pelo polícia quando tentava fugir
SALVADOR - O mestre de capoeira Romualdo Rosário da Costa, de 63 anos, conhecido como Moa do Katendê, foi assassinado a facadas, em um bar na Avenida Vasco da Gama, próximo ao Dique do Tororó, em Salvador. De acordo com o Boletim de Ocorrência, o crime ocorreu após uma discussão política por volta de 3 horas desta segunda-feira, 8. O suspeito foi preso.
O registro policial afirma que Romualdo teria discutido com o agressor por conta do resultado da votação. Ainda de acordo com o documento, o capoerista teria declarado que votou em Fernando Haddad (PT) nas eleições 2018 e fez críticas ao candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), o assassino tinha chegado ao bar gritando o nome do candidato do PSL.
A perícia identificou que as 12 facadas proferidas pelo criminoso atingiram a região das costas de Katendê. Um amigo do mestre de capoeira, que tentou defendê-lo do ataque a faca, também ficou ferido. O autor do crime foi preso por policiais militares da 26.ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM).
Segundo relatos à polícia, o mestre de capoeira bebia com o amigo quando o criminoso chegou ao bar. Após Moa do Katendê e o agressor defenderem seus candidatos, começou uma discussão. Depois disso, de acordo com o registro policial, o suposto autor das facadas foi à sua casa pegar a peixeira com a qual atacou a vítima por trás.
Em nota, a Polícia Militar da Bahia (PM-BA) informou que foi alertada pelo Centro Integrado de Comunicações (Cicom) sobre a uma ocorrência com dois homens atingidos por golpes de faca, o que fez a corporação deslocar uma equipe para a região.
"Os policiais avistaram um rastro de sangue que levava até uma casa e prenderam em flagrante o homicida escondido no banheiro. Ele já estava com uma mochila com roupas no intuito de fugir", informou a nota da PM baiana.
Ainda de acordo com a polícia, o suposto autor do crime foi levado para o HGE para ser medicado, pois estava com um corte no dedo, e depois apresentado no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).