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Do laboratório à pele: A Chanel e o 'envelhecer graciosamente'

Empresa busca alto nível técnico para se projetar num cenário que aponta para mercado de US$ 80 bilhões até 2026

14 dez 2024 - 03h11
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Combinar ciência, tecnologia e sustentabilidade na construção de uma estética do século 21. Esse tripé parece ser a bússola para o mercado das marcas de luxo quando falamos em investimento em produtos de beleza. A Chanel faz parte desse cenário global, no qual a indústria de cosméticos mostra forte crescimento, projetado para alcançar cerca de US$ 80 bilhões até 2026, de acordo com o relatório da plataforma de estatística Statista.

Nesse contexto, a maison francesa - cujo novo diretor artístico, Matthieu Blazy, foi anunciado nesta semana - tem se destacado por investimentos significativos em pesquisa e inovação de cuidados com a pele e cosméticos de alta performance. Pioneira, a Chanel mantém, desde 1972, um centro localizado em Pantin, França, que lidera o desenvolvimento de tecnologias avançadas. Um exemplo marcante é a análise da "senescência" - envelhecimento da pele - realizada em colaboração com a Universidade de Viena, que proporcionou avanços notáveis nas fórmulas anti-idade da marca. Paralelamente, a Chanel aposta em parcerias sustentáveis, como seus cinco "laboratórios a céu aberto" em regiões como Madagáscar e Butão. Nesses locais, ingredientes exclusivos, como a Vanilla Planifolia, são cultivados de forma sustentável, promovendo impacto socioambiental positivo, algo a que o consumidor atual também está atento.

Reformulações

Em 2024, a Chanel trouxe nove novidades para o setor de skincare, incluindo reformulações e lançamentos, um movimento importante para a marca. O Brasil, com seu mercado crescente, segue a tendência global. O mais recente lançamento da linha Sublimage é Les Extraits, especificamente o L'Extrait de Nuit, um sérum noturno desenvolvido para potencializar os processos naturais de reparo e regeneração da pele durante o sono. Para marcar o lançamento, a marca trouxe, pela primeira vez ao Brasil, três especialistas de renome internacional: Nathalie Volpe, Ph.D. em química pela Aix-Marseille University; Youcef Ben Khalifa, doutor em Biologia Molecular pela Universidade Paris XI; e Armelle Sourad, doutora em Farmácia e Cosmética.

Em São Paulo, eles compartilharam a visão da Chanel sobre "aging gracefully" (envelhecer graciosamente), uma abordagem que substitui o conceito ultrapassado de "antiaging" ou antienvelhecimento. Os especialistas explicaram como os produtos da marca são submetidos a rigorosos testes em diferentes níveis da pele, com foco em variáveis como performance biológica, fórmulas sustentáveis, sensorialidade e eficácia comprovada, acompanhando os avanços na área da dermatologia. "O consumidor hoje não quer apenas um creme, ele busca por resultados. Para isso é preciso garantir os ingredientes inovadores, dosagem certa e dados científicos."

Apesar desse investimento massivo em pesquisa, respaldado por universidades e cientistas, ainda há resistência por parte de alguns dermatologistas na prescrição de produtos de marcas de luxo. Alguns preferem recomendar fórmulas manipuladas, destacando a personalização como ponto-chave. No entanto, essa postura tem contrapontos. Para a dermatologista Adriana Vilarinho, não há necessidade de antagonismo.

"Hoje, os tratamentos de skincare terapia regenerativa são a nova maquiagem para uma pele bonita. Há produtos excelentes no mercado, como os da Chanel, com alta tecnologia e matérias-primas de qualidade, como os melhores óleos essenciais da camélia e da rosa negra", afirma. "As novas formulações são extremamente potentes e entregam tecnologia de alta performances", completa. Esse diálogo entre marcas de prestígio e especialistas da área médica pode caminhar, gradualmente, para a dissolução de barreiras, oferecendo um mercado no qual ciência de ponta e personalização convivem harmoniosamente, elevando os padrões do setor e os cuidados com a pele.

Estadão
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