Script = https://s1.trrsf.com/update-1736967909/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Dólar: como a moeda americana será impactada pelo retorno de Trump?

21 jan 2025 - 18h03
Compartilhar
Exibir comentários

Em 2025, o cenário econômico global deve ser fortemente influenciado pelas políticas tarifárias dos Estados Unidos após o início do segundo mandato de Donald Trump. Boa parte dos economistas prevê um dólar forte, especialmente devido às ações do governo americano. O boletim Focus do Banco Central, que monitora as previsões de diversas instituições financeiras, estima que o dólar pode alcançar a marca dos R$ 6 até o final do ano.

Dólar deve permanecer forte em 2025
Dólar deve permanecer forte em 2025
Foto: depositphotos.com / AndrewLozovyi / Perfil Brasil

Após a eleição presidencial e a subsequente posse do republicano, foram prometidas medidas que impactariam diretamente a economia global, entre elas, tarifas sobre produtos importados, principalmente chineses. No entanto, ao invés de implementar imediatamente estas tarifas, o governo iniciou uma revisão das políticas comerciais através das agências federais, visando combater práticas consideradas desleais por seus parceiros comerciais.

Quais são as consequências do protecionismo tarifário?

O protecionismo tarifário nos Estados Unidos pode desencadear um efeito cascata com diversos impactos econômicos. Ao elevar tarifas, incluindo nos produtos vindos de países estrangeiros, as empresas frequentemente repassam os custos para os consumidores, o que resulta em inflação. Diante deste cenário inflacionário, o Federal Reserve (FED) tende a aumentar os juros como medida de contenção, o que não apenas esfria a atividade econômica, mas também torna os títulos americanos mais atraentes para os investidores.

Segundo um estudo realizado pelo The Budget Lab, da Universidade de Yale, a inflação nos Estados Unidos pode subir de 1,4% a 5,1%, dependendo de como as tarifas são implementadas. Este aumento de preços é comparável a um imposto sobre vendas, com o agravante de causar distorções na alocação de recursos produtivos.

Como o Brasil é impactado pelas tarifas americanas?

O impacto das tarifas americanas no Brasil é ainda incerto. Historicamente, o Brasil não tem sido um alvo preferencial das tarifas americanas por não ter um acordo de livre comércio com os Estados Unidos e manter um déficit comercial com o país norte-americano. Contudo, o Brasil faz parte do Brics, um grupo que o governo dos EUA já ameaçou com tarifas significativas caso apoiem o uso de moedas alternativas ao dólar.

Embora não haja um plano formal para uma moeda única entre os membros do Brics, iniciativas para facilitar transações comerciais em outras moedas têm sido desenvolvidas. Durante o primeiro mandato de Trump, o Brasil sofreu tarifas sobre aço e alumínio, exemplificando como estas medidas protecionistas já afetaram o país anteriormente.

O papel da política monetária no dólar

Além das tarifas, a cotação do dólar é influenciada por complexos fatores monetários e econômicos. A saída de dólares do Brasil no ano anterior, em parte impulsionada pela política fiscal do governo, refletiu na desvalorização do real. Em 2024, o fluxo financeiro fora do Brasil registrou números recordes, somando US$ 87,2 bilhões, o maior valor desde 1982. Este movimento foi parcialmente equilibrado pelo superávit da conta comercial.

Analistas do Rabobank, por exemplo, destacam a volatilidade do real frente à incerteza global, observando uma depreciação significativa em comparação com outras moedas emergentes. Estima-se que no final de 2025, o dólar possa estar próximo de R$ 5,94, revelando a complexidade das interações entre políticas domésticas e fatores econômicos externos.

Perfil Brasil
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade