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Dólar tem alta na primeira cotação após tentativa de assassinato de Trump

O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 129.321 pontos, com alta de 0,33%, impulsionado por ações de petroleiras e mineradoras

15 jul 2024 - 20h55
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No primeiro dia útil após o atentado contra o candidato à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, o dólar teve uma leve alta, alcançando R$ 5,48 durante a manhã. Em contraste com o mercado internacional, a bolsa de valores brasileira registrou sua 11ª alta consecutiva, atingindo o maior nível em mais de dois meses.

Dólar fechou em R$ 5,445
Dólar fechou em R$ 5,445
Foto: Canva / Perfil Brasil

O dólar comercial encerrou esta segunda-feira vendido a R$ 5,445, com uma valorização de R$ 0,014 (+0,26%). A cotação iniciou em forte alta, chegando a R$ 5,476 na máxima do dia, pouco antes das 10h. No entanto, desacelerou a partir do fim da manhã, fechando com leve alta. Com o desempenho de hoje, a moeda norte-americana acumula queda de 2,56% em julho. Em 2024, a divisa sobe 12,2%.

Apesar da turbulência externa, o mercado de ações teve um dia otimista. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 129.321 pontos, com alta de 0,33%, impulsionado por ações de petroleiras e mineradoras. Com a 11ª alta consecutiva, o indicador está no maior patamar desde 8 de maio.

O que mexeu com o dólar?

O dólar subiu globalmente após o atentado contra o ex-presidente e candidato à presidência norte-americana, Donald Trump. A alta ocorreu porque o programa de corte de impostos do Partido Republicano aumenta o déficit público dos Estados Unidos e eleva os juros de longo prazo dos títulos do Tesouro norte-americano, considerados os investimentos mais seguros do planeta.

A desaceleração econômica chinesa também fez o dólar subir em relação às moedas de países emergentes, mas ajudou a bolsa brasileira. Isso porque um crescimento menor do país asiático favorece a introdução de pacotes de estímulos, o que impulsionaria as exportações de commodities (bens primários com cotação internacional) para a China.

As chances de uma vitória de Trump subiram no site de apostas PredictIt, usado como base para os mercados financeiros. Antes em 60% na sexta-feira, a possibilidade do republicano voltar à Casa Branca subiu para 67%, enquanto o atual presidente Joe Biden ficou com 27%.

O "Trump Trade" também afeta os títulos do Tesouro dos EUA, com aumento nas curvas de longo prazo e queda nas de curto prazo. As apostas refletem as propostas de política fiscal e monetária de Trump, que incluem uma nova reforma tributária, cortes nos impostos pagos por empresas norte-americanas e tarifas de importação mais altas, o que tende a estimular o crescimento econômico e a inflação. Os efeitos do "Trump Trade" também são sentidos em ações de empresas de energia, prisões privadas, empresas de cartão de crédito e seguradoras de saúde.

A possível eleição de Donald Trump pode ter um impacto significativo nas contas públicas e na política fiscal dos Estados Unidos, devido ao seu discurso de corte de impostos. Durante seu mandato, em 2017, Trump liderou a aprovação do Tax Cuts and Jobs Act (TCJA), que reduz a maioria dos impostos sobre a renda no país até 2025.

"Alguns impostos estão programados para aumentar a partir de 2026. Trump pode optar por manter esses cortes e até implementar novos", explica à Veja Luciano Costa, economista-chefe da Monte Bravo. "Isso seria um impulso fiscal adicional para a economia, o que poderia aumentar a pressão inflacionária, exigindo uma taxa de juros mais alta em média."

Outro aspecto de uma administração Trump seria a imposição de barreiras comerciais mais rígidas. "A política comercial poderia resultar em maior taxação contra outros países, o que desfavoreceria economias emergentes como a do Brasil", afirma Alexsandro Nishimura, economista da assessoria de investimentos Nomos.

Perfil Brasil
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