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Domingos Brazão promoveu almoço para discutir caso Marielle um dia antes de ser preso, diz PF

Ex-parlamentar teria mandado mensagens para o prefeito Eduardo Paes (PSD), o presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar (União Brasil), o ex-deputado federal Eduardo Cunha

23 mai 2024 - 19h30
(atualizado às 19h49)
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Um dia antes de ser preso por suspeita de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL), o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, Domingos Brazão, contatou diversas figuras políticas importantes, incluindo o prefeito Eduardo Paes (PSD), o presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar (União Brasil), o ex-deputado federal Eduardo Cunha, o vereador Waldir Brazão e o deputado estadual Thiago Rangel (PMB).

Investigações fazem parte da Operação Murder Inc
Investigações fazem parte da Operação Murder Inc
Foto: Reprodução / Perfil Brasil

Análise da Polícia Federal revela interações do conselheiro antes de sua prisão

A Polícia Federal analisou as mensagens no celular de Domingos Brazão no dia anterior à operação que resultou em sua detenção. Essa análise faz parte do relatório da Operação Murder Inc, encaminhado ao STF nesta quinta-feira (23).

Segundo o relatório, Brazão trocou mensagens relacionadas ao caso Marielle com diversos políticos, enviando notícias sobre o assunto. O documento destaca que o prefeito Eduardo Paes não respondeu às tentativas de contato de Brazão.

Contatos com delegado e suspeitas de obstrução nas investigações

Além dos políticos, Brazão também teria buscado o delegado Giniton Lages, responsável pelo início das investigações do caso Marielle. O delegado relatou ter sido procurado por um intermediário de Domingos Brazão, o que chamou a atenção da PF. Giniton Lages, que escreveu um livro sobre o caso, foi designado por Rivaldo Barbosa, chefe da Polícia Civil na época, suspeito de envolvimento no assassinato da vereadora.

Encontro suspeito de Brazão e mensagens enviadas durante almoço

Durante um almoço no restaurante Casanova, em Niterói, Brazão se reuniu com seu ex-assessor, Robson Calixto, também investigado no caso Marielle.

Nesse encontro, Brazão trocou mensagens com políticos importantes do estado, conforme revelado no relatório da PF. O conselheiro, que está detido desde março, organizou o encontro com seu advogado e outros presentes, incluindo um interlocutor identificado como "Kelvin".

Dificuldades na recuperação de mensagens do celular do conselheiro

A PF enfrentou dificuldades para recuperar o conteúdo do celular de Domingos Brazão, sendo as interações com políticos uma das poucas mensagens obtidas pelos investigadores. Esses novos detalhes revelam a complexidade e a extensão das conexões do conselheiro antes de sua prisão.

Perfil Brasil
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