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Doria defende chapa Bruno-Joice e fala em fusão com DEM

Para o governador, o 'centro' precisa se aglutinar já nas eleições municipais de 2020

25 nov 2019 - 11h38
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SAN FRANCISCO, EUA - O governador João Doria (PSDB) defendeu publicamente uma aliança entre o prefeito Bruno Covas (PSDB) e a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) na disputa pela Prefeitura de São Paulo em 2020. "Por que não (uma chapa unificada)? O Bruno é o candidato do PSDB e será reeleito. A Joice é uma deputada brilhante", disse Doria em San Francisco, noa Estados Unidos.

Na semana passada, Covas recebeu apoio explícito de Doria para a candidatura à reeleição, ao retomar a rotina na Prefeitura após internação para tratar um câncer na região do estômago. Na ocasião, o governador já havia falado de Joice.

"É uma pessoa de grande valor. Quanto mais perto ela estiver do Bruno mais feliz eu serei", disse Doria, que participou de uma entrevista coletiva ao lado do prefeito. Essa foi, para o grupo de Covas, a senha da estratégia do governador, que tem como principal objetivo derrotar o bolsonarismo em 2020 para evitar que o presidente Jair Bolsonaro construa uma base consistente na capital paulista.

Para Doria, que é apontado no PSDB como pré-candidato à Presidência em 2022, o "centro" precisa se aglutinar já nas eleições municipais do ano que vem. "Em 2020 vão se estabelecer claramente dois campos, que farão um grande confronto: a extrema esquerda e a extrema direita. As eleições municipais se anteciparão ao que serão as eleições gerais de 2022. Isso traz de forma de muito clara o campo do centro democrático, que são aqueles que, como eu, defendem o diálogo e a serenidade."

Com a saída do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva da prisão, ganhou força no PSDB a discussão sobre a possibilidade de uma fusão com o DEM e/ou o PSL, que rompeu com Bolsonaro.

'Nova sigla, velhas ideias', diz Cantanhêde sobre novo partido de Bolsonaro; ouça no podcast abaixo.

Uma das principais lideranças do PSDB, Doria promove nos bastidores uma aproximação da legenda com o PSL, que também avalia uma possível fusão com o DEM. "Esse debate (sobre fusão partidária) pode voltar. Vejo isso com naturalidade. Não somos refratários ou contrários a isso. Havendo a possibilidade é algo a se dialogar e a se pensar", disse Doria em conversa com jornalistas no fim de semana em San Francisco, onde realizou um tour em busca de investimentos na área de tecnologia para o Estado de São Paulo.

O tucano acredita que a saída de Lula da prisão vai aglutinar a esquerda em torno do petista. "Os movimentos de esquerda estavam desaglutinados desde a prisão dele. Lula terá um papel expressivo nas eleições municipais de 2020", afirmou Doria.

* O repórter viajou a convite da CNI (Confederação Nacional das Indústrias)

Estadão
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