Dow Chemical compra Rohm and Haas
O grupo americano Dow Chemical comprará, como o previsto, seu concorrente Rohm and Haas, ao preço de 78 dólares por ação, informou nesta segunda-feira o juiz encarregado do caso.
NOVA YORK, EUA, 9 Mar 2009 (AFP) - O grupo americano Dow Chemical comprará, como o previsto, seu concorrente Rohm and Haas, ao preço de 78 dólares por ação, informou nesta segunda-feira o juiz encarregado do caso.
Segundo o juiz de Delaware, a fusão entre os dois grupos, congelada desde janeiro passado, sairá até o dia 1º de abril.
A Dow pagará, como o previsto, cerca de 18 bilhões de dólares, mas a família Haas e o fundo de investimentos Paulson, principais acionistas da Rohm and Haas, investirão no grupo de Midland (Michigan), que também deve receber financiamento da holding do investidor Warren Buffett, Berkshire Hathaway.
A fusão entre Dow Chemical e Rohm & Haas poderá ser concretizada após os dois principais acionistas do segundo grupo aceitarem injetar até 3 bilhões de dólares na nova companhia.
"O acordo de hoje resolve o litígio iniciado pela Rohm & Haas contra a Dow em 26 de janeiro de 2009 com uma decisão que é boa para as duas partes", destacaram os dois grupos em um comunicado.
Segundo a Dow Chemical, a compra da Rohm and Haas provocará o corte de mais 3.500 postos de trabalho, que vão se somar aos 6.500 anunciados antes pelos dois grupos.
A Dow venderá ainda uma série de ativos, com os quais espera recuperar cerca de 4 bilhões de dólares, incluindo sua participação de 45% em uma refinaria holandesa explorada em associação com o grupo francês Total.
A negociação das ações dos dois grupos foi suspensa nesta segunda-feira na Bolsa de Nova York, após rumores sobre um acordo. Dow Chemical perdia 11,11%, a 6,32 dólares, e Rohm and Haas subia 17,41%, a 74,91 dólares.
Há algumas semanas, Dow Chemical havia anunciado uma queda de 64% em seu dividendo, alque que não ocorria desde 1912.
A remuneração trimestral dos acionistas ficou em 15 centavos, contra 42 centavos precedentes, segundo comunicado do grupo.
Para justificar esta decisão, o conselho administrativo da Dow Chemical mencionou "um conjunto de fatores", entre os quais incluiu a "incerteza nos mercados financeiros, uma queda inédita na demanda de produtos químicos, a recessão mundial em curso e temas comerciais em andamento".
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