É falso que Putin ordenou a destruição de todas as vacinas contra a Covid-19 na Rússia
Não é verdade que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenou que todas as vacinas contra a Covid-19 sejam destruídas no país, como afirmam publicações nas redes sociais. Não há qualquer registro na imprensa ou em órgãos oficiais russos de que o mandatário tenha tomado essa medida. O boato teve origem em um site satírico, mas passou a circular como se fosse real. O imunizante contra a doença continua sendo aplicado na Rússia.
Publicações com o conteúdo enganoso acumulavam centenas de compartilhamentos no Facebook e 100 mil visualizações no Twitter nesta quinta-feira (9), além de circular também no WhatsApp, plataforma na qual não é possível estimar o alcance (fale com a Fátima).
Putin ordenou a destruição de todas as vacinas contra a Covid-19 na Rússia
É mentira que Vladimir Putin ordenou que todas as vacinas contra a Covid-19 fossem destruídas na Rússia. O boato foi publicado no último sábado (4) pelo site satírico Real Raw News e passou a circular como real desde então. Na mesma data, a agência estatal de notícias RIA Novosti divulgou que o Ministério da Saúde enviou lotes do imunizante Sputnik V, contra a Covid-19, para Moscou e outras cidades que relataram estar com baixo estoque da vacina.
Na segunda-feira (6), a TASS, outra agência estatal de notícias do país, informou que o imunizante estava disponível em todos os pontos de vacinação de Moscou e que os cidadãos seriam vacinados sem a necessidade de agendamento.
O Aos Fatos não encontrou quaisquer informações sobre uma eventual ordem de Putin para a destruição de vacinas contra a Covid-19 nos sites do Ministério da Saúde da Rússia e da presidência do país, tampouco em mecanismos de busca e órgãos de imprensa internacionais.
Algumas das peças checadas difundem um trecho do texto satírico, que diz que Putin teria decidido destruir as vacinas porque estariam causando Aids nos imunizados, o que não há qualquer evidência de que esteja ocorrendo, como desmentido pelo Aos Fatos.
Referências:
1. RIA Novosti
2. TASS
3. Ministério da Saúde da Rússia
4. Kremlin
5. Aos Fatos