Eduardo Leite recebeu R$ 200 mil como "funcionário" do PSDB na campanha de 2022, diz jornal
Durante o período, o político não prestou serviços efetivos para o partido. Embora não seja ilegal, a prática tem sido alvo de críticas
Eduardo Leite, atual governador do Rio Grande do Sul, recebeu quase R$ 200 mil como funcionário do PSDB em 2020, apesar de não ter prestado serviços efetivos para o partido, conforme apuração da Folha de São Paulo.
De acordo com a publicação, durante o período de julho a dezembro, Eduardo Leite não possuía renda fixa por ter renunciado ao cargo de governador com o objetivo de concorrer à Presidência.
Após o projeto de candidatura presidencial se tornar inviável, Eduardo Leite buscou a reeleição como governador do Rio Grande do Sul, cargo para o qual foi eleito. Desde fevereiro deste ano, Leite também é o presidente nacional do PSDB, tendo como uma de suas missões a renovação do partido após uma série de derrotas eleitorais
Durante este período, segundo a prestação de contas da legenda à Justiça Eleitoral, o governador recebeu um salário bruto de R$ 24.769, além de um décimo terceiro salário de R$ 8.525. Em dezembro, após sua eleição, Leite também recebeu uma indenização de R$ 70.874 por rescisão.
Embora não seja ilegal, a prática de partidos contratarem lideranças é controversa e tem sido alvo de críticas por parte de alguns setores da sociedade. No passado, outras legendas, como o PT, também já recorreram a essa estratégia.
Por meio de nota, a assessoria do PSDB afirmou que Leite, "ao se colocar à disposição do PSDB para ser candidato a um inédito segundo mandato como governador do Rio Grande do Sul, expôs ao partido sua necessidade de subsistência".