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87% das escolas particulares de SP não tiveram infectados

Pesquisa com mais de 400 unidades foi feita por associação de colégios particulares e o sindicato que representa as instituições

26 nov 2020 - 13h40
(atualizado às 13h42)
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Um levantamento com mais de 400 escolas particulares que reabriram no Estado de São Paulo apontou que 87% não identificaram nenhum caso de covid-19 entre os alunos. Já entre os professores, o porcentual de colégios que não relataram infecções foi de 73%. A pesquisa, realizada pela Associação Brasileira de Escolas Particulares (Abepar) com o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado (Sieeesp), inclui colégios como o Santa Cruz, Bandeirantes e unidades da rede COC, espalhadas pelo Estado.

87% das escolas particulares de SP não tiveram infectados
87% das escolas particulares de SP não tiveram infectados
Foto: fdr

As escolas do Estado de São Paulo foram fechadas em março para conter a disseminação do coronavírus. Em setembro, o governo estadual autorizou a primeira reabertura parcial, que ocorreu apenas em alguns municípios do interior. Na capital paulista, a retomada começou a partir de outubro, mas este mês, diante do aumento de internações na cidade, o prefeito Bruno Covas (PSDB) recuou sobre a possibilidade de dar aval para aulas em outras etapas de ensino. Por enquanto, só estão permitidas aulas regulares no ensino médio.

Entre as escolas avaliadas, a maior parte (42%) respondeu que retomou as atividades em outubro, mês em que Covas autorizou a reabertura das escolas para atividades extracurriculares. Nos colégios que abriram, a maioria autorizou a ida de estudantes cinco vezes por semana.

Apesar da frequência diária, só 6% relatam a identificação de um caso de contaminação pelo coronavírus. Outros 7% relataram dois ou mais alunos infectados. Os porcentuais mudam quando se referem aos professores e funcionários. No caso dos docentes, 16% das escolas notificaram pelo menos um caso e 11% identificaram duas ou mais infecções.

Os colégios avaliam que conseguiram conter a contaminação, mesmo onde houve registro de infecção. Segundo a pesquisa, 98% indicaram que não houve contaminação para outra pessoa da classe e 44% informaram que ocorreram infecções na casa do aluno ou do funcionário contaminado. Escolas que contrataram consultoria de especialistas foram orientadas a evitar contatos entre um grupo de alunos e outro para facilitar o rastreamento de contatos em caso de infecção.

"É importante notar que além de serem poucos os casos eles ficaram controlados, não se espalharam pelas escolas", diz o presidente da Abepar, Arthur Fonseca Filho. A entidade tem 24 escolas de elite, que incluem Bandeirantes, Santa Cruz, Pentágono e Oswald de Andrade.

A Secretaria Estadual da Educação recebeu a pesquisa e estuda como ela pode ser considerada na abertura. O secretário estadual da Educação Rossieli Soares recebeu o material e teve uma reunião com os representantes das escolas. Na semana passada, o Estadão ouviu 14 escolas particulares da capital e a maioria delas teve no máximo dois casos de covid entre os alunos ou entre os professores desde que foram abertas, há pouco mais de um mês.

Cidades como Campinas e as do ABC paulista não autorizaram nenhum tipo de abertura este ano. "Sabemos que não é possível voltar integralmente, com todos os alunos, mas é um absurdo o que estão fazendo com as nossas crianças ao não permitir que as escolas sejam abertas", diz o presidente do Sieeesp, Benjamin Ribeiro da Silva. Segundo ele, as instituições, para atuar com segurança, poderiam receber no máximo 50% dos estudantes. Hoje, na capital, apenas 20% dos alunos podem frequentar a escola por dia.

Estadão
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