A física está quebrada e temos cada vez mais evidências: nova estimativa da constante de Hubble expõe o problema
Novo estudo recalculou taxa de expansão do universo, evidenciando a discrepância
A "tensão de Hubble" é um dos maiores enigmas da cosmologia contemporânea. Ela se refere ao fato de que medições cada vez mais precisas da velocidade em que o universo está se expandindo diferem. E não temos muita ideia do porquê.
Mais rápido
Agora, um novo estudo levou a tensão de Hubble a um novo patamar. O trabalho aponta que a aceleração observada do universo é maior do que os modelos físicos atuais poderiam explicar.
Teoria e prática
Existem duas maneiras de medir a expansão do universo. O primeiro é baseado no fundo cósmico de micro-ondas (CMB), uma radiação remanescente do Big Bang. Ao medir as flutuações neste fundo, obtém-se uma estimativa da velocidade de expansão de cerca de 67 quilômetros por segundo por megaparsec (km/s/Mpc), número de acordo com o estimado por modelos cosmológicos geralmente aceitos.
Por outro lado, observações do universo mais próximo contam outra história. As cefeidas são estrelas cujo brilho é inversamente relacionado à frequência com que pulsam. Isso permitiu que os astrônomos criassem uma "escada cósmica" calibrando medições passo a passo de distâncias para objetos cada vez mais distantes no cosmos.
O problema é que esta outra medição estima uma velocidade de expansão significativamente (muito) maior: cerca de 74 km/s/Mpc.
Da tensão à crise
O novo estudo investigou essa discrepância. A nova medição baseada na "escada cósmica" estimou uma velocidade de expansão ainda maior do que a média anterior: cerca de 76,5 km/s/Mpc. Isso levou a...
Matérias relacionadas
A ciência descobriu o truque para aumentar a produtividade: gerar incerteza melhora a concentração