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A inclusão de aluno com deficiência ou transtorno de aprendizado cresce, mas ainda é desafio

Número de matriculadas na educação especial chega a 1,7 milhão, no entanto, muitas crianças estão sem laudo diagnóstico e acesso a práticas pedagógicas acessíveis

21 set 2024 - 03h10
(atualizado às 07h36)
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Art. 3º - O aluno, como pessoa humana em processo de desenvolvimento, tem direito a ser respeitado por seus educadores, sendo proibida qualquer situação que proporcione:
Art. 3º - O aluno, como pessoa humana em processo de desenvolvimento, tem direito a ser respeitado por seus educadores, sendo proibida qualquer situação que proporcione:
Foto: Marcelo Camargo Agência Brasil / Flipar

De 2014 para 2024 aumentou em quase 100% o número de crianças no País matriculadas na educação especial, chegando a 1,7 milhão de alunos, conforme o Censo Escolar.

A maior concentração está no ensino fundamental, com 62,90% (1.114.230) das matrículas. Em seguida está a educação infantil, com 16% (284.847), e o ensino médio, que contabilizou 12,6% (223.258) dos estudantes.

Ao analisar a faixa etária de 4 a 17 anos da educação especial, constatou-se que o porcentual de matrículas de alunos incluídos em classes comuns também vem aumentando, passando de 94,2%, em 2022, para 95% em 2023.

Mas, ainda falta incluir muita gente na educação e em muitos lugares, sobretudo nas salas comuns. A criação de práticas pedagógicas acessíveis e inclusivas é fundamental para a construção de redes de ensino e escolas que não discriminem e busquem equiparar as oportunidades de aprendizagens para todos. As ações nessa área envolvem pesquisa, desenvolvimento de metodologias, práticas pedagógicas e recursos educacionais inclusivos e acessíveis, articuladas ao acompanhamento escolar.

Rodrigues observa, porém, que é muito importante que as instituições públicas e privadas brasileiras que se dedicam à pesquisa desenvolvam linhas de trabalho que visem a facilitar o acesso de pessoas com deficiência à educação básica ou superior. "Sempre destaco que precisamos focar em pesquisas que tenham utilidade prática. O Brasil, infelizmente, ao longo dos anos permitiu que as instituições públicas se dedicassem à pesquisa sem utilidade prática e eu vejo nesse tema uma utilidade prática formidável. Ainda há muito espaço para inovação nesse sentido."

A professora do Departamento de Gestão Pública da Fundação Getulio Vargas (FGV) Lara Simielli acredita que para se conseguir planejar uma política pública eficiente de inclusão de crianças com deficiência no sistema escolar ainda é preciso investir em dados de qualidade. "Temos um sistema muito bom, supervisionado pelo Inep, com indicadores de qualidade, mas ainda não conseguimos olhar com clareza para dados sobre inclusão. Isso não apenas para a educação."

Segundo ela, sem olhar a criança de forma multidisciplinar, nas áreas de educação, saúde e assistência social, a escola às vezes continuará impossibilitada de pensar políticas mais eficazes.

Estadão
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