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A tecnologia como aliada da equidade na educação

Educação inclusiva é fundamental para promover uma sociedade mais justa, e a tecnologia é uma ferramenta poderosa para esse fim

19 fev 2025 - 04h59
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Foto: iStock/skynesher

Mais um ano letivo se inicia e é momento de celebração de muitas famílias e crianças. Mas isso não é realidade para todos. A educação é um direito fundamental e um dos pilares para o desenvolvimento de uma sociedade mais justa e igualitária. No entanto, por mais que tenhamos avançado muito na garantia do acesso, seguimos com o enorme desafio de avançar na qualidade de aprendizagem quando falamos de educação inclusiva.

Hoje, ainda que 90% dos estudantes com deficiência já frequentem a escola regular, é fundamental criar propostas pedagógicas para que esses alunos sejam capazes de acompanhar as atividades, em vez de criar programas específicos para uma ou mais deficiências e segregá-los em sala de aula. Nesse contexto, a tecnologia desponta como uma ferramenta poderosa para promover a inclusão, personalizar o ensino e apoiar o trabalho dos educadores.

Desde 2015, o país conta com a Lei Brasileira de Inclusão (LBI), que foi um marco na sociedade por garantir o acesso dos alunos, independente de suas condições físicas, cognitivas ou emocionais, a qualquer modalidade e nível de ensino, seja de instituições públicas ou privadas. Quando necessário, inclui, ainda, um Plano Educacional Individualizado (PEI), com apoio de um segundo professor para assistência individual sem qualquer ônus financeiro para o aluno.

Apesar desses avanços, ainda se trata de um desafio nas escolas. Uma das dificuldades é a falta de regulamentação nacional para a profissão de apoio escolar, que desempenha funções essenciais, como auxiliar alunos em atividades de locomoção, alimentação e higiene, além de colaborar nas tarefas pedagógicas.

Nesse sentido, a tecnologia desempenha um papel crucial para potencializar o aprendizado de todos e, assim, ser mais inclusiva. Plataformas de aprendizado com inteligência artificial, por exemplo, permitem a personalização de atividades, ajustando a dificuldade dos exercícios e adaptando o ritmo de ensino. Para estudantes com deficiência física, recursos como teclados adaptados, leitores de tela e sistemas de reconhecimento de voz facilitam o acesso ao conteúdo educacional. No caso de deficiências cognitivas, aplicativos gamificados e ferramentas que segmentam o aprendizado em etapas menores ajudam a melhorar a assimilação do conteúdo.

Estudantes com altas habilidades também se beneficiam de ferramentas digitais que oferecem desafios adicionais e maior acesso a recursos avançados, como bancos de dados e programas de pesquisa. Além dos alunos, a tecnologia auxilia os professores ao permitir o desenvolvimento de materiais adaptados e o monitoramento individual do progresso dos estudantes, além de oferecer ferramentas para auxiliar na construção de diagnósticos escolares e avaliações personalizadas. Essa abordagem favorece tanto o aprendizado quanto a inclusão no ambiente escolar.

A inclusão não se limita aos alunos com deficiência. Ambientes educacionais diversos e inclusivos promovem o desenvolvimento de competências socioemocionais, como empatia e tolerância, em todos os estudantes. Professores também se tornam mais preparados para lidar com a diversidade, enriquecendo as dinâmicas escolares e a qualidade do ensino. Neste cenário, formação continuada é também uma aliada na vida do professor, até mesmo quando falamos de educação inclusiva, que pode capacitá-los a lidar com questões de equidade e construírem estratégias que potencializem o aprendizado de todos os estudantes.

A plataforma Escolas Conectadas, iniciativa da Fundação Telefônica Vivo, já oferece cursos gratuitos e online com essa temática. Entre os cursistas, um em cada três apontam que adquirir conhecimentos em educação inclusiva é o principal motivador para a realização de novos cursos.

A tecnologia é uma ferramenta poderosa para promover a equidade na educação, mas deve ser utilizada de maneira consciente e planejada. Combinar inovações tecnológicas com políticas públicas eficazes e o envolvimento de toda a sociedade é essencial para garantir que nenhum estudante fique para trás.

Mais do que atender desafios individuais, a tecnologia pode ser um instrumento de transformação social, promovendo a equidade e reduzindo desigualdades. Assim, podemos construir uma educação inclusiva que não apenas acolha, mas empodere seus estudantes, minimizando as barreiras e extraindo o máximo potencial de cada um, a fim de que vivam de forma plena e integrada à sociedade.

Lia Glaz Diretora-presidente da Fundação Telefônica Vivo. Formada em Administração Pública pela FGV-EAESP e com mestrado na área de Desenvolvimento Econômico e Político pela SIPA-Columbia University. Na Fundação Telefônica Vivo, já liderou a área de Educação, promovendo iniciativas inovadoras e o uso de tecnologia para apoiar o desenvolvimento de crianças e jovens. As opiniões da colunista não representam a visão do Terra.
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