Script = https://s1.trrsf.com/update-1734630909/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Adélia Prado ganha o Prêmio Camões menos de uma semana depois de vencer o Machado de Assis

Escritora mineira de 88 anos foi laureada com o mais importante reconhecimento da literatura em língua portuguesa

26 jun 2024 - 15h56
(atualizado às 17h06)
Compartilhar
Exibir comentários
Adélia Prado
Adélia Prado
Foto: Bruno Cantini / Atlético

A poetisa e escritora mineira Adélia Prado foi anunciada nesta quarta-feira, 26, como a vencedora do Prêmio Camões 2024 - o mais importante reconhecimento da literatura em língua portuguesa.

O anúncio foi feito pelo Ministério da Cultura de Portugal. Além do reconhecimento, ela recebe uma premiação de 100 mil euros.

Na semana passada, a artista de 88 anos também foi laureada com o Prêmio Machado de Assis 2024, a maior honraria da Academia Brasileira de Letras (ABL).

Adélia Prado nasceu em 1935, na cidade de Divinópolis, em Minas Gerais. A região de pouco mais de 200 mil habitantes teve influência direta na obra da autora, conhecida por recorrer a temas do cotidiano em seus livros.

Antes de se dedicar integralmente à literatura, Adélia exerceu o magistério por 24 anos. Ela é considerada a maior poetisa viva do Brasil. Sua obra, associada ao Modernismo, é marcada pela sensibilidade para questões existenciais, combinando misticismo e cotidiano.

Seu primeiro trabalho de poesias, Bagagem, foi publicado em 1976 e aclamado por Carlos Drummond de Andrade. O livro se destacou por fazer uso do lirismo e da ironia. O lançamento no Rio de Janeiro contou com a presença de nomes como Antônio Houaiss, Clarice Lispector, Juscelino Kubitschek e Affonso Romano de Sant'Anna.

Em 1978, ela ganhou o Prêmio Jabuti pelo livro O Coração Disparado, cujo tema central é a religiosidade. A obra consagrou Adélia como a voz feminina mais poderosa da poesia brasileira.

Em 1979, ele estreou em prosa com Soltem os cachorros, que fala sobre amor, relacionamentos, vida e morte.

Em 1980, ela dirigiu o grupo teatral amador Cara e Coragem na montagem de O Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna. No ano seguinte, também sob sua direção, o grupo encenaria A Invasão, de Dias Gomes.

De 1983 a 1988, Adélia exerceu as funções de Chefe da Divisão Cultural da Secretaria Municipal de Educação e da Cultura de Divinópolis.

Em 2014, Adélia venceu o Prêmio Griffin, no Canadá, considerado um dos principais reconhecimentos da literatura no mundo.

Dentre outros trabalhos de destaque da autora estão Terra de Santa Cruz, O Homem da Mão Seca e O Pelicano.

A mais nova vencedora do Camões prepara um novo livro para ser lançado em breve, com título provisório de Jardim das Oliveiras, uma referência ao lugar onde, segundo a tradição cristã, Jesus rezou na véspera da crucificação.

Estadão
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade