Alunos do IPA revelam abandono institucional e tentativa de coação
Relatos de estudantes apontam disparidades nas mensalidades das instituições parceiras e questionam Termo de Aceite do IPA.
Estudantes do Centro Universitário Metodista (IPA) denunciam sentimentos de abandono e afirmam terem sido pressionados a aceitar acordos de transferência para outras instituições de ensino, que não estariam oferecendo as mesmas condições vantajosas que foram prometidas inicialmente. A reitora do IPA, Vera Maciel, anunciou parcerias com a PUCRS e a Ulbra para receber os alunos que precisarão encerrar seus estudos na instituição devido ao encerramento das atividades. No entanto, os estudantes afirmam que os valores das mensalidades nas novas instituições são mais altos do que o praticado pelo IPA, e questionam a pressão para assinatura de um Termo de Aceite controverso.
Conforme a reitora Vera Maciel explica, a decisão de encerrar as atividades do IPA foi tomada pela mantenedora, pegando a comunidade acadêmica de surpresa. Os estudantes, no entanto, alegam que foram deixados em situação de apreensão e incerteza em relação aos próximos passos devido à falta de tempo para se organizarem. Além disso, eles relatam que, ao buscar informações sobre a transferência para a PUCRS e a Ulbra, se depararam com mensalidades mais altas do que as que pagavam no IPA.
As disparidades nas condições de transição também foram destacadas pelos estudantes. Alguns relatam que os descontos oferecidos pelas instituições parceiras não compensam os aumentos nas mensalidades e outras despesas extras, como estacionamento. A Reitora Vera Maciel argumenta que as parcerias foram negociadas da melhor maneira possível, levando em consideração diferentes programas de bolsas e financiamentos. No entanto, os alunos alegam que o descompasso entre as promessas e a realidade os deixou em uma situação desfavorável.
Além das preocupações com os valores das mensalidades, os estudantes também estão contestando um Termo de Aceite apresentado pelo IPA ao solicitar a transferência. Eles afirmam que o termo tenta isentar a instituição de qualquer responsabilidade por prejuízos econômicos, morais e psicológicos decorrentes da mudança. Alguns alunos relatam que se sentem coagidos a assinar o documento, enquanto outros chamam a atenção para a falta de transparência nas informações fornecidas pelo IPA. A reitora nega a coação e defende que a decisão de assinar o termo é dos estudantes.
Em meio a essas controvérsias, os alunos do IPA estão unindo forças para buscar soluções e discutir suas opções. Eles alegam que o sentimento de abandono e a falta de esclarecimentos os levaram a questionar as ações da instituição. Enquanto os acordos de transição para outras instituições ainda geram debate, a comunidade acadêmica aguarda por esclarecimentos e respostas que possam amenizar as preocupações e incertezas que cercam o encerramento das atividades do IPA.
Com a informação Marcelo Menna Barreto Portal Extraclasse.