Após 50 anos, USP concede diplomas a estudantes mortos na Ditadura Militar
A instituição afirmou que, ao todo, 33 estudantes serão homenageados
A Universidade de São Paulo (USP) homenageou os estudantes do Instituto de Geociências (IGc) Alexandre Vannucchi Leme e Ronaldo Mouth Queiroz, que foram mortos em 1973 durante a Ditadura Militar. A cerimônia aconteceu no último dia 15, no Saguão do IGc, e faz parte do projeto Diplomação da Resistência.
As diplomações póstumas são as duas primeiras entre as 33 que serão promovidas pela universidade, que tem o objetivo de reparar injustiças e honrar a memória dos estudantes.
Alexandre Vannucchi Leme era estudante de Geologia da USP, foi preso, torturado e morto por agentes do Destacamento de Operações de Informação - Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi), departamento subordinado do Exército, aos 22 anos.
Ronaldo Mouth Queiroz, também estudante de Geologia, era militante do movimento estudantil e presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da USP. Queiroz foi executado em um ponto de ônibus.
Em 2013, a universidade criou uma comissão da verdade que, em seu relatório final, concluiu que a Ditadura Militar foi responsável pela morte de 39 alunos, seis professores e dois funcionários da instituição.
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