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Aprendeu a escrever aos 2 anos: criança brasileira tem QI superior ao de 99,8% da população

Miguel fala inglês, francês e espanhol, ainda que sem fluência, e foi aceito em uma sociedade internacional de superdotados

12 mai 2023 - 05h00
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Miguel sonha em se tornar neurologista para ajudar as pessoas
Miguel sonha em se tornar neurologista para ajudar as pessoas
Foto: Arquivo Pessoal

Ele começou a falar aos 6 meses de idade, a escrever aos 2 anos e aos 4 anos foi diagnosticado com um quociente de inteligência (QI) superior ao de 99% das pessoas do planeta. Esse é Miguel Manoel de Oliveira, criança de Praia Grande, litoral de São Paulo, que foi aceito em uma sociedade internacional de superdotados.

Desde bebê, as pessoas diziam que ele "era diferente", conta a mãe de Miguel, Rosangela Manoel da Silva, em entrevista ao Terra. Ela pensava que a desenvoltura do filho era resultado de sua rotina de estímulos - sempre com muita música, contação de histórias e brincadeiras, e nada de telas.

Quando cresceu um pouco mais, pensava que ele copiava o comportamento de adultos, como quando o pequeno comparava preços no mercado e avaliava os produtos. "Depois eu percebi a coerência do que ele falava e percebi que ele era diferente. Mas não procurei avaliação, continuamos a vida normalmente", relembra a mãe.

A escola entrou na vida de Miguel como uma forma de melhorar sua imunidade, por indicação de seu pediatra, aos 2 anos e meio de idade. Com o tempo, a instituição suspeitou que ele tivesse Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) por ser inquieto, perder o interesse rapidamente e conversar muito.

A partir dos 4 anos ele começou a Ele começou a fazer esportes como balé e karatê, também tendo suas primeiras aulas de violino
A partir dos 4 anos ele começou a Ele começou a fazer esportes como balé e karatê, também tendo suas primeiras aulas de violino
Foto: Arquivo Pessoal

Rosangela resolveu levar o filho ao Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (USP). Poucas semanas depois, o resultado chegou, indicando ser uma superdotação. Miguel então foi encaminhado a uma neuropsicóloga para uma avaliação completa. A confirmação oficial veio quando ele tinha 4 anos de idade.

"Não foi um choque, pois ele sempre demonstrou ser uma criança interessada em vários assuntos, como ainda é, muito curioso e estudioso", conta a mãe.

A dificuldade, porém, veio com relação ao que fazer para que seu potencial fosse estimulado. Na escola, o atendimento que Miguel recebia não mudou. Então, sua mãe teve que procurar atividades extras para o menino.

Dificuldades para filho superdotado

Mesmo agora, com Miguel aos 10 anos de idade, encontrar uma escola que acolha suas necessidades ou um curso que o auxilie a desenvolver seu potencial segue um desafio. Os altos valores das mensalidades são a principal barreira.

Rosangela desabafa que a falta de estímulos, no nível que Miguel gostaria de estar imerso, causa ansiedade e tristeza no menino. Para contornar a situação, ela aposta em estudos pela internet, compra livros, leva o filho a museus e exposições, e, juntos, assistem a muitos filmes. 

Entre os interesses específicos de Miguel está aprender a tocar instrumentos - como violino, bateria e flauta -, assim como aprender idiomas. Ele fala inglês, francês e espanhol, ainda que sem fluência. Além disso, um de seus pedidos mais recorrentes é estudar em uma escola com laboratório.

Questionado sobre qual seu maior sonho, Miguel respondeu ao Terra com precisão: "Poder me tornar um neurologista. Quero conseguir estudar mais para me tornar um bom médico e poder ajudar as pessoas".

Rosangela fez um apelo em suas redes sociais, pedindo ajuda para conseguir alguma bolsa de estudos para o filho
Rosangela fez um apelo em suas redes sociais, pedindo ajuda para conseguir alguma bolsa de estudos para o filho
Foto: Arquivo pessoal

Sociedade de superdotados

O QI de Miguel é de 144 na Escala Wechsler de Inteligência, registrado como "muito superior" e considerado maior ao de 99,8% da população mundial. O resultado veio de uma avaliação neuropsicológica completa, feita no ano passado. O documento foi enviado para a Intertel, uma sociedade global de pessoas superdotadas, que reconheceu Miguel como membro no começo deste ano.

Agora a família aguarda o resultado da Associação Mensa Brasil, representante oficial da organização internacional que tem como missão identificar e fomentar a inteligência humana para benefício da sociedade e fornecer um ambiente intelectual e socialmente estimulante para os integrantes. 

De acordo com informações da Agência Brasil, o Brasil ocupa a 30ª posição no ranking mundial de superdotados, o que o coloca como líder na América do Sul. Os Estados Unidos ocupam o 1º lugar, com 52 mil pessoas de QI elevado. Depois vem o Reino Unido, com 19 mil, e a Alemanha, com 16 mil.

Fonte: Redação Terra
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