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Ataque em escola de SP: como notar sinais de que meu filho adolescente precisa de ajuda?

Irritabilidade e isolamento merecem atenção; eiálogo constante e aberto entre comunidade escolar e famílias são cruciais para entender como e quando ajudar os jovens

29 mar 2023 - 10h10
(atualizado às 15h47)
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Um novo ataque a uma escola nesta semana renova a preocupação de pais sobre como notar sinais de alerta no comportamento dos filhos. Um adolescente de 13 anos matou uma professora e feriu mais quatro em um colégio estadual da zona oeste de São Paulo, após publicar vídeos e mensagens com ameaças.

Irritabilidade, alienação social, linguagem agressiva e tempo demais em telas de celular e computador são alguns dos sinais de alerta para pais, responsáveis e professores perceberem uma mudança grave no comportamento de crianças e adolescentes, segundo especialistas. Não significa que qualquer alteração desse tipo signifique que o jovem possa ser responsável por ataques desse tipo, mas que podem ser necessários maior acompanhamento e abertura de diálogo.

À família, cabe dar o exemplo, repreender comportamentos violentos desde o início (não passar a mão na cabeça quando ele estiver errado) e abrir o canal de comunicação sem minimizar os problemas das crianças e adolescentes.

"Ao saber que seu filho foi vítima de bullying, leve a sério", diz Cláudia. "Não fique no 'eu também sofri e vivi', porque os que não sobreviveram não estão aqui para contar. Sem falar que isso também pode causar dores graves ao longo de toda a vida", alerta a especialista.

Aí entra de novo a colaboração entre casa e escola. Se um professor ouve discursos machistas, racistas ou LGBTfóbicos de uma criança - o que pode ser um indicador de que ela se considera "superior" a outros grupos sociais -, é necessário alertar a família. Mais grave ainda é o caso de esse jovem apresentar comportamento apologista em relação a outros ataques violentos em escolas.

"O comportamento mais evidente é o discurso de apologia aos ataques. Esse é o sinal vermelho e requer ação imediata para evitar novas ocorrências", diz Daniel Cara, professor da Faculdade de Educação da USP. "O sinal amarelo é o uso de discurso misógino, racista, sexista, que determina o início de um processo de recrutamento ou participação de comunidades violentas."

O adolescente de 13 anos que atacou a escola de São Paulo já havia sido denunciado há um mês por ter ameaçado colegas de morte. Em suas redes sociais e nos aplicativos de mensagem, ele também usava termos racistas e idolatrava outros autores de ataques similares. "A escola não substitui a família, mas complementa", aponta Claudia. "É papel dela ajudar as crianças que mais precisam, porque senão punimos a criança duas vezes."

Confira abaixo algumas alterações de comportamento em crianças e adolescentes que merecem atenção:

? Interesse incomum por assuntos violentos (tais como obsessão por armas de fogo ou massacres);

? Atitudes violentas (verbais ou físicas);

? Alienação social exagerada

? Recusa de falar com professoras e gestoras mulheres;

? Agressividade e uso de expressões pejorativas ao falar com mulheres e meninas, capacitismo, racismo, LGBTQIA+fobia;

? Exaltação a ataques em ambientes educacionais ou religiosos

Estadão
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