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Bolsonaro diz que não pretende, por enquanto, mudar ministro da Educação

Presidente afirmou que ministros têm 'liberdade de expressão'; Weintraub vem sendo criticado por declarações em redes sociais

20 nov 2019 - 11h17
(atualizado às 11h46)
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BRASÍLIA - O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quarta-feira, 20, que não pretende retirar Abraham Weintraub do comando do Ministério da Educação. O ministro vem sendo criticado por declarações e ataques promovidos nas redes sociais.

"Não, por enquanto, não (sobre troca no MEC). Todos os ministros têm liberdade de expressão, só não pode criticar o governo", disse Bolsonaro.

Em post no Twitter no último dia 15, dia da Proclamação da República, Weintraub fez elogios à Monarquia e questionou as comemorações em homenagem à data. No texto, o ministro da Educação escreveu: "Não estou defendendo que voltemos à Monarquia mas...O que diabos estamos comemorando hoje?", questionou, em uma sequência de posts. Segundo o ministro, a proclamação foi uma "infâmia" contra o então imperador D. Pedro II, a quem classificou como um dos melhores gestores e governantes da história mundial.

Dom Pedro II cedeu o comando do Brasil em 15 de novembro de 1889 a Marechal Deodoro da Fonseca, primeiro presidente do País.

Na ocasião, Weintraub também provocou o movimento feminista, convidando-o a uma reflexão: "O Império teve seus dois principais atos assinados por mulheres educadas, inteligentes e honestas! Elas nos governaram bem antes de Dilma (Rousseff)", escreveu, em referência a Imperatriz Maria Leopoldina e a Princesa Isabel.

Bolsonaro também disse que "tudo pode acontecer", quando questionado se a Secretaria de Esportes deixará o Ministério da Cidadania. O presidente disse que há secretarias que merecem virar ministérios, mas que ele não fará esta mudança. "Até para dar recado de austeridade", disse.

Novo partido

O presidente disse que ficou "polindo" o estatuto do Aliança Pelo Brasil, partido que ele deseja tirar do papel a tempo de lançar candidatos para as eleições municipais de 2020. O texto deve ser apresentado durante a primeira convenção da legenda, marcada para esta quinta-feira, 21. Para um apoiador, em frente ao Palácio da Alvorada, Bolsonaro sugeriu: "Só recomendo filiar a qualquer partido se quiser vir candidato a alguma coisa no futuro, senão não se filia não."

Bolsonaro disse que não conversou com a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, sobre filiação ao novo partido. "Minha esposa não é muito ligada à política", disse.

Estadão
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