Bolsonaro pediu para não ver dados sobre falha no Enem
Erro no Enem levou a dezenas de ações judiciais, atraso no cronograma de programas como o Sisu e ProUni e gerou questionamentos
O presidente Jair Bolsonaro disse nesta segunda-feira que pediu para não ver dados sobre falhas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) por estar com a "cabeça cheia". "Ele (o ministro da Educação, Abraham Weintraub) queria apresentar para mim os dados. Eu não quis, (estava) com a cabeça cheia. Hoje eu saturei. Não conversei", disse o presidente.
Bolsonaro e Weintraub viajaram juntos a São Paulo nesta segunda, 3 - uma ofensiva, tanto de parlamentares como de aliados do presidente, para a demissão do ministro se intensificou após a série de erros no Enem. Em declaração em frente ao Palácio do Alvorada, quando retornou a Brasília, o presidente minimizou as falhas relatadas por milhares de estudantes sobre a prova. "Quase em todos os ano têm problema. Representa menos de 'zero vírgula alguma coisa' o problema", disse ele.
O presidente chegou a dizer que as falhas poderiam ser resultado de uma "sabotagem", apesar de não ter apresentar qualquer evidência.
Apesar de o presidente minimizar a situação, a falha trouxe consequências para os 3,9 milhões de participantes da prova. Já que o cronograma de programas, como o Sisu e o Prouni, tiveram de ser suspensos por determinação judicial até que o ministério comprovasse documentalmente ter garantido a recorreção das provas.