Explosão da 1ª bomba em Hiroshima completa 70 anos; relembre
Explosão da primeira bomba nuclear completa 70 anos nesta quinta-feira, 6 de agosto de 2015
Há exatos 70 anos, o mundo assistiu a um dos maiores atentados da história. Em 6 de agosto de 1945, um Boeing B-29 denominado Enola Gay lançou uma bomba atômica sobre a cidade de Hiroshima, no Japão, em missão arquitetada pelo governo dos Estados Unidos. As informações são da Aprende!, parceira do Terra Apoio Escolar.
Sob o comando de Paul Tibbetts, o ataque tinha o objetivo de forçar o Japão a se render e, com isso, por fim à Segunda Guerra Mundial. O nome Enola Gay foi uma homenagem à mãe do piloto, Enola Gay Tibbets.
No contexto da guerra, iniciada em 1939, o mundo estava dividido em dois grupos. As principais forças dos chamados Aliados eram Reino Unido, União Soviética e Estados Unidos, enquanto Alemanha, Japão e Itália formavam as Potências do Eixo. Em agosto de 1945, a guerra já havia terminado na Europa, depois das mortes dos ditadores Benito Mussolini (Itália) e Adolf Hitler (Alemanha), porém os confrontos continuavam no Pacífico e na Ásia, protagonizados por americanos e japoneses.
Às 8h15, horário local, a bomba Little Boy (“menininho”, em tradução livre) foi lançada em direção à Hiroshima. Ela explodiu a cerca de 500 m do chão e causou a morte de mais de 140 mil pessoas. Quando viu o tamanho da tragédia, na forma de uma nuvem gigantesca de fumaça e poeira, o copiloto Robert Lewis escreveu no diário de bordo: “Deus, o que fizemos?"
Mas a rendição japonesa não veio. Dois dias depois, no dia 8, uma bomba ainda mais poderosa, chamada Fat Boy (“menino gordo”, também em tradução livre), foi lançada sobre outra cidade, Nagasaki. Dessa vez, cerca de 70 mil pessoas morreram.
Em menos de uma semana, no dia 15 de agosto de 1945, o Japão se rendeu ao terror, pondo fim ao conflito mundial.
Rosa de Hiroshima
Em 1954, Vinicius de Moraes escreveu “A Rosa de Hiroshima”, um poema que se refere à bomba atômica como “rosa radioativa”, promovendo uma tocante reflexão sobre os limites da razão humana no uso da ciência e da tecnologia.
Confira:
Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas, oh, não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroshima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A anti-rosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa, sem nada