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Brasil chega a nove ataques a escolas no ano, patamar recorde; relembre casos

Nove pessoas morreram em 2023 em decorrência de ataques em instituições de ensino. É a maior quantidade de ocorrências ao menos desde 2002, aponta levantamento

23 out 2023 - 13h01
(atualizado às 13h51)
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O ataque à Escola Estadual Sapopemba, na zona leste de São Paulo, nesta segunda-feira, 23, foi o nono caso de violência em escolas no Brasil neste ano, período em que nove mortes foram registradas. Esse tipo de crime se tornou mais recorrente nos últimos anos e vive em 2023 seu maior patamar na história recente.

Um estudo do Instituto Sou da Paz reuniu casos dessa natureza cometidos desde 2002. Ao todo, foram sete ataques em escolas nos primeiros seis meses deste ano e mais dois neste mês de outubro - em Poços de Caldas (MG), no dia 10, e agora em Sapopemba. Em geral, os crimes são cometidos por homens, adolescentes ou adultos.

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  • 19 de junho: Colégio Estadual Professora Helena Kolody em Cambé (PR)

    Em 19 de junho, um ex-aluno entrou armado no Colégio Estadual Professora Helena Kolody, alegando que solicitaria o seu histórico escolar, e matou dois alunos a tiros. O agressor foi imobilizado por um professor e, posteriormente, detido e encaminhado para Londrina, a cerca de 15 quilômetros de Cambé.

    11 de abril: Escola Estadual Doutor Marcos Aurélio em Santa Tereza (GO)

    Em 11 de abril, um aluno de 13 anos entrou armado com uma faca na Escola Estadual Doutor Marcos Aurélio, onde estudava, e usou a arma para ferir duas estudantes. O crime aconteceu em Santa Tereza de Goiás, região norte do Estado.

    O agressor foi contido por uma professora, que não ficou ferida. As duas alunas feridas foram levadas para um hospital com ferimentos leves. O adolescente foi apreendido e colocado à disposição da Justiça.

    10 de abril: Escola Instituto Adventista de Manaus (AM)

    Dois estudantes e uma professora ficaram feridos após um aluno promover um ataque à escola Instituto Adventista de Manaus (IAM), na capital amazonense, no dia 10 de abril. O agressor, um adolescente que não teve a identidade revelada, foi apreendido com armas brancas e um coquetel molotov.

    12 de abril: Escola Municipal Isaac de Alcântara em Farias Brito (CE)

    Um aluno do 9º ano do ensino fundamental da Escola Municipal Isaac de Alcântara, na zona rural de Farias Brito, no interior do Ceará, entrou em uma classe de alunos menores, do 4º ano, e feriu duas alunas. Ninguém morreu.

    5 de abril: Creche Cantinho Bom Pastor em Blumenau (SC)

    No dia 5 de abril, um ataque na creche Cantinho Bom Pastor na Rua dos Caçadores, em Blumenau, no Vale do Itajaí, em Santa Catarina, deixou quatro crianças mortas. As vítimas foram três meninos e uma menina, de 4 a 7 anos. O agressor, de 25 anos, levava uma machadinha e, após fugir do local do crime, se apresentou ao 10° Batalhão de Polícia Militar, onde foi preso e encaminhado à Polícia Civil.

    Motoboys fazem ato para homenagear as quatro crianças assassinadas na escola Cantinho Bom Pastor, em Blumenau, Santa Catarina. O grupo se reuniu no dia 7 de abril, após uma motociata, em frente à escola.
    Motoboys fazem ato para homenagear as quatro crianças assassinadas na escola Cantinho Bom Pastor, em Blumenau, Santa Catarina. O grupo se reuniu no dia 7 de abril, após uma motociata, em frente à escola.
    Foto: Taba Benedicto/Estadão / Estadão

    Segundo os bombeiros, havia 40 crianças na creche na manhã daquele dia e o agressor teria pulado o muro e atingido as vítimas de forma aleatória. Uma professora contou que as crianças brincavam em um parque, que fica próximo ao muro da creche, no momento do ataque.

    27 de março: Escola Estadual Thomazia Montoro em São Paulo (SP)

    Em 27 de março, um adolescente de 13 anos esfaqueou quatro professoras e um aluno dentro da Escola Estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, na zona oeste da capital paulista. Uma professora, Elisabeth Tenreiro, de 71 anos, morreu.

    Em março, ataque a escola na zona oeste de São Paulo deixou uma professora morta
    Em março, ataque a escola na zona oeste de São Paulo deixou uma professora morta
    Foto: Werther Santana/Estadão / Estadão

    O agressor era do 8º ano do ensino fundamental e foi apreendido. O adolescente agressor foi imobilizado e desarmado por duas professoras: Cintia da Silva Barbosa, professora de Educação Física, aplicou um golpe chamado mata-leão e Sandra Pereira tirou a faca das mãos do aluno, enquanto uma terceira era atacada. Ele foi detido pela polícia.

    13 de fevereiro: Escola Municipal Vista Alegre e Escola Estadual Professor Antonio Sproesser em Monte Mor (SP)

    Um jovem de 17 anos foi apreendido depois de atirar bombas caseiras do tipo coquetel molotov em duas escolas que funcionam no mesmo prédio, em Monte Mor, no interior de São Paulo, em 13 de fevereiro.

    Dois artefatos explodiram depois de atingir a grade de entrada do prédio, mas ninguém ficou ferido. Ao ser apreendido, o rapaz portava uma machadinha e uma braçadeira com uma suástica, símbolo nazista.

    NOTA DA REDAÇÃO: O Estadão decidiu não publicar detalhes sobre os autores dos ataques. Essa decisão segue recomendações de estudiosos em comunicação e violência. Pesquisas mostram que essa exposição pode levar a um efeito de contágio, de valorização e de estímulo do ato de violência em indivíduos e comunidades de ódio, o que resulta em novos casos. A visibilidade dos agressores é considerada como um "troféu" dentro dessas redes.

    Estadão
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