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Brasil desiste de priorizar médicos cubanos e foca vinda de europeus

Ministério da Saúde desconsiderou oferta e paralisou negociação com Cuba

8 jul 2013 - 03h51
(atualizado às 08h05)
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O Brasil paralisou as negociações para a vinda de 6 mil médicos cubanos ao País e deve lançar nesta semana um programa para atrair profissionais estrangeiros tratando Espanha e Portugal como nações "prioritárias", segundo informações publicadas no jornal Folha de S. Paulo desta segunda-feira. A mudança de planos não é explicada nem pelo Ministério da Saúde e nem pelo Itamaraty, mas, de acordo com a publicação, há motivos para recuo: além da sensibilidade que envolve o regime comunista de Cuba - aliado do governo e do PT e alvo dos conservadores -, a causa principal é que as missões da ilha governada por Raul Castro são aclamadas pelo trabalho humanitário, como no Haiti, mas não escapam de críticas de ativistas de direitos humanos e trabalhistas na versão remunerada de seu ofício.

No modelo usado na Venezuela, Cuba funciona como uma empresa terceirizada que fornece profissionais. O governo contratante paga a Havana pelos serviços e os médicos recebem só uma parte. Ainda assim, o programa é considerado atrativo para os profissionais, que ganham cerca de US$ 40 na ilha e têm acesso a benefícios. A desistência do Brasil é um revés para Havana, que tem dito que o envio dos médicos ao exterior é sua maior fonte de divisas e deseja ampliá-lo. O Ministério da Saúde diz que não há restrições se médicos cubanos quiserem se inscrever individualmente no programa. 

Contra estrangeiros e por mais verba no SUS: médicos protestam no País

Fonte: Terra
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