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5 erros e 5 dicas para economizar durante a compra do material escolar

Mês de janeiro pode ser considerado ‘o Natal das Papelarias’, visto que é nesse período que o comércio mais fatura no ano

4 dez 2024 - 14h52
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Resumo
A compra do material escolar movimenta até 15% da economia nacional e pode comprometer cerca de 33% do 13º salário. Planejamento, pesquisa de preços e compra com antecedência são orientações importantes para economizar.
Além das contas das festas e presentes de fim de ano, janeiro também traz contas como IPVA, IPTU, material escolar, rematrícula e reajustes de serviços. Organização pode ser a chave para evitar o endividamento de começo de ano.
Além das contas das festas e presentes de fim de ano, janeiro também traz contas como IPVA, IPTU, material escolar, rematrícula e reajustes de serviços. Organização pode ser a chave para evitar o endividamento de começo de ano.
Foto: iStock

O fim de ano é uma época de bastante impacto para o orçamento familiar. Para além das festas de Natal e Ano Novo, as pessoas já começam a pensar nas despesas com IPTU (Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana), IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) e, para quem têm filhos, a compra de material escolar.

A compra do material escolar é um evento econômico importante e que costuma movimentar o início de todo ano. Conforme projeção do Ministério da Educação de 2022, a compra nacional desses itens movimenta até 15% da economia. 

Outra pesquisa realizada pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), realizadas em 2013 e 2014, aponta que o mês de janeiro pode ser considerado ‘o Natal das Papelarias’, visto que é nesse período que o comércio mais fatura no ano, alcançando 70% de suas vendas anuais.

De acordo com o último levantamento do SEBRAE, a expectativa do setor é que a população gaste cerca de 33% do 13º salário, o equivalente a R$ 34,4 bilhões, com despesas como material escolar, matrículas, fardas, entre outros itens relacionados.

Sabendo disso, o Terra conversou com André Charone, professor universitário com MBA em Gestão Financeira, Controladoria e Auditoria pela FGV-SP, para elencar cinco erros que você não deve cometer na compra do material escolar e cinco ‘dicas de ouro’ para economizar.

5 erros para não cometer na compra do material escolar:

Foto: Freepik
  • Comprar material escolar sem lista

Segundo o especialista, o planejamento é essencial. Antes de sair comprando, a orientação é aguardar a lista e estudá-la. "Verifique o que já tem em casa e o que pode ser reaproveitado no ano seguinte", disse.

  • Focar compra em uma só loja

Pesquisar preços em diferentes locais é fundamental para ter economia. Às vezes, cadernos, borrachas e tesouras podem ter preços diferentes a depender da região e da cidade. Neste caso, André Charone acredita que a caminhada é válida para economizar algumas dezenas de reais.

  • Deixar de comparar marcas

Atualmente, é comum que escolas façam sugestões de marca em relação ao material escolar indicado. Muitas vezes, caso não vá interferir no desenvolvimento de alguma atividade específica, é válido substituir a tal marca por outra similar que desempenhe qualidade igual ou similar. Para isso, é necessário o exercício de pesquisa e comparação de marcas.

  • Comprometer o orçamento

O professor universitário André Charone aconselha que o parcelamento pode distribuir o impacto das compras, mas é preciso ficar atento para não prejudicar o orçamento dos meses seguintes. “Sempre prefira parcelamentos sem juros [...] Além disso, a compra no crédito pode trazer milhas, pontos e benefícios”.

  • Comprar de última hora

Não há mês específico, o especialista acredita que o momento ideal para realizar a compra do material escolar depende de cada família. Entretanto, deixar para a última hora pode ser menos econômico. “No final do ano há mais opções e promoções que podem ser vantajosas. Comprar com antecedência evita a correria e os preços inflacionados de janeiro. Contudo, é importante planejar para evitar dívidas”.

5 'dicas de ouro’ para economizar na compra do material escolar

Material escolar
Material escolar
Foto: Freepik

Conforme o professor universitário, a forma como os pais e responsáveis conduzem a compra do material escolar pode definir a saúde financeira da família durante todo o ano. Por isso, é importante levar a sério e fazer gastos de forma inteligente. Com base em sua experiência, ele também elencou 5 ‘dicas de ouro’.

  • Comprar pela internet

Para o especialista, o advento da web vem para somar, mas é preciso ter cuidados básicos. “Pode ser uma ótima maneira de economizar, especialmente em itens mais caros ou difíceis de encontrar [...] No entanto, é essencial verificar a reputação da loja, o prazo de entrega e as políticas de troca ou devolução. Fique atento às condições de frete – em muitos casos, o custo do envio pode anular os descontos”.

  • Comprar no atacado

Comprar no atacado é uma maneira de adquirir algo por valor mais baixo. Ao optar por esta modalidade, a comunicação com um grupo de pais pode ser uma ótima fonte de economia. “De maneira geral, a compra no atacado pode gerar uma economia significativa. Uma estratégia é a de formar grupos junto com outros pais para a aquisição do material escolar, comprando em quantidades maiores e obtendo mais descontos”.

  • Troca de materiais entre alunos

Em escolas particulares, os pais são responsáveis pela compra do material didático, como livros e apostilas. A orientação do especialista é que os pais procurem adquirir exemplares que já foram utilizados por alunos do ano seguinte e tentem comprá-los por um preço menor, aliviando assim o orçamento.

  • Usar o 13º salário

Usar o 13º salário, recebido entre novembro e dezembro, para a compra do material escolar não é um 'crime financeiro'. André Charone, inclusive, aconselha o uso do dinheiro para isso, mas com cautela. "Pode ser uma boa estratégia. É uma forma de evitar parcelamentos e juros. Mas o 13º também é uma reserva para outras prioridade [...] O ideal é reservar parte para os materiais e economizar no restante”.

  • Promoções e material sem personagem

Outra dica é comprar materiais básicos – como lápis, borracha, entre outros – quando estiverem em promoção ao longo do ano, assim pequenos itens não irão pesar no orçamento do ano seguinte. Charone também aconselha evitar material com personagens. “Cadernos, mochilas e estojos de personagens infantis costumam ser mais caros porque os royalties pagos pela propriedade intelectual aumentam os seus custos. Nesse sentido, comprar materiais mais ‘genéricos’ pode trazer uma economia considerável”.

Material escolar
Material escolar
Foto: Freepik
Fonte: Redação Terra
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