CEOs chegam a ganhar quase 5 mil vezes mais que a média dos funcionários, diz site
Dados são de relatório exigido pela Comissão de Valores Mobiliários de empresas com ações na bolsa
Um CEO pode ganhar até quase 5 mil vezes mais que a média dos funcionários de sua empresa. A conclusão é de levantamento feito pelo site especialista em economia Reset.
Os dados, referentes a 2022, são do novo formulário de referência exigido pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Segundo o Reset, a JBS afirma no documento entregue à CVM que "a maioria dos mais de 140 mil colaboradores da companhia alocados em suas unidades produtivas no Brasil ocupam cargos operacionais e, portanto, com uma remuneração mais próxima ao piso salarial da categoria, definida por meio de acordo e/ou convenção coletiva e alinhada às demais remunerações de empresas do setor" e que "a remuneração dos executivos leva em consideração desafios, desempenho e resultados atrelados a uma companhia de porte global."
Na Localiza, e na Vale, a disparidade é de 651 vezes e 574 vezes, respectivamente. Esses são o segundo e o terceiro maior gap salarial registrados.
À CVM, a mineradora diz que "esse multiplicador é influenciado pelos resultados da empresa, uma vez que 70% da remuneração do presidente é variável e está relacionada às metas de curto e longo prazo da companhia".
Em sequência no ranking, estão a empresa de saúde Rede D'or, com 384, a companhia de logística Rumo, com 370, e a fabricante de bebidas Ambev, com 359.
Maior diferença fora desse grupo
Sem considerar o recorte das 25 maiores empresas do indíce Bovespa, a companhia com a maior diferença salarial, entre as pesquisadas pelo site, foi a loja de calçados Arezzo, onde o CEO ganha 4.874 vezes a mediana do salário dos outros funcionários.
Estatais têm menos disparidade
Diferentemente das outras empresas, as estatais revelam pequena diferença entre a remuneração do CEO e a do corpo de funcionários.
A menor diferença da lista é da Eletrobras, de 4 vezes. BB Seguridade tem índice de 5 vezes, Petrobras, 5,7, e Banco do Brasil, 9,4.