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Empresa demite funcionária após identificar 'atividade de digitação muito baixa em seu laptop'

Seguradora australiana usou monitoramento virtual para verificar desempenho de colaboradora em home office

9 ago 2023 - 15h22
(atualizado às 15h30)
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Uma mulher australiana foi demitida depois que seu chefe rastreou o pressionamento de teclas de seu notebok de trabalho para testar se ela estava, de fato, desempenhando suas funções no horário designado. O rastreio indicou que Suzie Cheikho trabalhou em seu horário escalado - 7h30 às 16h00 - por 44 dias naquele período de tempo.  

Mulher trabalhando com notebbok
Mulher trabalhando com notebbok
Foto: Getty Images

A mulher foi demitida pela Insurance Australia Group (IAG), após 18 anos na empresa, por "motivo válido de má conduta". O advogado da consultora entrou com recurso por demissão injusta, mas um tribunal de apelações o rejeitou.

Suzie era responsável por criar documentos de seguro e cumprir cronogramas regulatórios e monitorar as notificações por correio, entre outras funções. Mas o seu desempenho teria começado a cair até que a companhia decidiu monitorar o seu computador de trabalho. 

O resultado também mostrou que ela começou a trabalhar atrasada em sete dias e saiu mais cedo em 29 dias. Além disso, mesmo durante o seu horário oficial de trabalho ela tinha 'atividade de digitação muito baixa em seu laptop', com média de 54 toques por hora durante os três meses investigados. Ela não digitou uma única letra por 117 horas em outubro, 143 horas em novembro e 60 horas em dezembro.

Cheikho rejeitou veementemente a precisão dos dados. "Às vezes a carga de trabalho é um pouco baixa, mas nunca deixei de trabalhar. Quero dizer, posso ir às lojas de vez em quando, mas não é o dia todo", disse a mulher. Em sua defesa, ela também alegou que usou  outros dispositivos para fazer login e trabalhar quando estava com "problemas de sistema" e revelou viver um momento pessoal conturbado, marcado por problemas de saúde mental.    

A Comissão de Trabalho Justo da Austrália investigou a demissão de Cheikho e concluiu que ela "não estava trabalhando como deveria no período de outubro a dezembro de 2022". A comissão ainda reconheceu  que havia fatores 'sérios e reais' que estavam por trás da 'desconexão' da consultora, mas a considerou a demissão justa.    

Fonte: Redação Terra
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