Mais de 80% de cargos em escritórios tiveram aumento de salário acima da inflação, diz estudo
Pesquisa realizada pela consultoria Michael Page analisou remuneração mensal de 1.453 cargos administrativos, de assistentes a diretores, em 15 setores
Os salários médios de 82% de trabalhadores em escritório no Brasil subiram mais que a inflação entre 2022 e 2023. Essa é a conclusão do "Estudo de Remuneração Michael Page", realizado pela consultoria de recrutamento executivo. O levantamento inclui desde cargos iniciais, como assistentes, até diretores.
Os dados da Michael Page se referem à remuneração mensal de 1.453 cargos em 15 setores diferentes. 82% dos cargos avaliados tiveram ganho real (acima da inflaçao); 12% não apresentaram mudança; e 6% registraram queda.
Dos 15 setores, 13 apresentaram alta salarial: Agronegócio, Bancos, Engenharia e Manufatura, Finanças, Jurídico, Logística, Marketing e Digital, Propriedade e Construção, Recursos Humanos, Secretariado, Seguros, Tecnologia da Informação e Vendas. Os dois setores restantes, Varejo e Saúde, apresentaram estabilidade nos salários.
Para elaborar o estudo, a Michael Page consultou neste ano cerca de 10 mil profissionais de empresas de todo o Brasil, em cargos que incluíram de posições de suporte à gestão até diretoria, chegando assim à remuneração mensal dos 1.453 cargos nos 15 setores já mencionados.
A pesquisa listou os cargos em faixas salariais mensais que variam de acordo com a experiência do profissional (analistas júnior, pleno, sênior, coordenador, gerência e diretor) e o porte da empresa (pequeno, médio ou grande).
Segundo o levantamento, os aumentos de maior destaque são: 100% de aumento para o cargo de especialista em Robot Process Automation (Tecnologia); 25% para o cargo de Gerente de Qualidade no setor petroquímico (Engenharia); e 21% para o cargo de CFO (Finanças).
O estudo também indica a opinião dos profissionais sobre o salário: 71% acreditam que o salário é o elemento mais importante no emprego atual; 41,1% não consideram a remuneração justa; e 55% acham o salário uma fonte de estresse.
Enquanto isso, 37,6% das empresas não planejam aumentar os salários em 2024 além do dissídio e, entre as que pretendem aumentar, a maioria prevê um acréscimo de 6%.