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Médico deixa comunidade em Cabo Frio e se torna residente de instituto nos EUA

Rafael Duarte venceu obstáculos para alcançar conhecimento e experiência, e hoje também está à frente de escola para ajudar outros médicos

3 jun 2024 - 05h00
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De morador de favela aos R$ 6 milhões: Médico cria empresa para auxiliar outros profissionais a estudar e trabalhar no exterior
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Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

Natural da comunidade de Jacaré, em Cabo Frio (RJ), o médico e professor carioca Rafael Duarte vem conquistando espaço na medicina a partir da educação. Após cursar residência nos Estados Unidos, mesmo sem saber nada de inglês, o profissional decidiu utilizar a sua experiência para incentivar outros estudantes da área que tivessem o mesmo sonho. 

"Se virar" é algo que ele aprendeu a fazer desde cedo, segundo contou ao Terra. Como sua família não podia pagar um curso pré-vestibular, estudou sozinho em casa, com livros emprestados ou doados.

"Minha determinação veio de uma reportagem sobre um jovem de condições semelhantes que havia passado na USP estudando em casa. Adotei essa rotina de cinco horas de estudos diários até conseguir minha aprovação", lembra ele, orgulhoso. 

Na época ele não conhecia técnicas mais eficientes, então 'sonhava' diferente: virava a noite estudando. Rafael conta que começava a estudar por volta das 23h e levava até, em suas palavras, "ouvir o canto dos pássaros". 

"Eu lia em voz alta para melhorar a memorização, e só passava para a próxima página quando tinha certeza que havia absorvido todo o conteúdo da página anterior", acrescenta Rafael.

Deu certo. O sonho, que passou a vislumbrar depois que a vida de sua mãe foi salva na emergência de um hospital, se tornou realidade com a aprovação na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). 

Após a formação em medicina, investiu em uma escola preparatória com cursos e mentoria, a RD Medicine. O interesse em fazer uma residência fora do Brasil motivado pelo nascimento da filha, impulsionou a criação da empresa.  

"Inicialmente, era um projeto de mentoria para o processo de validação nos Estados Unidos. Com o tempo, percebemos a necessidade de um suporte mais abrangente, incluindo o ensino do inglês médico", explica.

As dores do médico intercambista foram sentidas na pele pelo próprio empreendedor. Além da distância, o idioma foi a principal barreira que ele relata ter enfrentado. 

"Os estudos nos Estados Unidos foram intensos e exigentes. [...] O nível de exigência aqui é alto, mas isso me fez um médico melhor e mais sistemático. Aprender a sempre fazer o certo e manter um alto padrão ético foram lições valiosas", acrescenta. 

Atualmente, ele conclui a residência em Medicina Interna, no Jefferson Einstein Medical Center, na Filadélfia.

Fonte: Redação Terra
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