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Prevenção e conscientização do burnout: cuidando do bem-estar no trabalho

Existem comportamentos preventivos que podem minimizar o risco de chegar ao extremo do burnout

4 out 2023 - 06h00
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“Sempre fui uma pessoa focada e dedicada ao meu trabalho, mas naquele dia me senti como uma máquina desgastada, prestes a quebrar. A lista de coisas que eu gostaria de fazer parecia interminável e o sentimento de sufoco e exaustão me acometiam desde cedo. Cada e-mail que chegava me irritava ainda mais e a agenda de reuniões contribuía para o aumento do meu nível de ansiedade. Não conseguia me concentrar e minha mente estava confusa e preocupada. Tudo o que eu desejava naquele momento era uma pausa, ainda assim minhas responsabilidades não permitiam que eu parasse.”

O parágrafo acima é trecho de uma mensagem que recebi de uma amiga esses dias. Um claro sinal de burnout.

Nos últimos anos, temos testemunhado um preocupante aumento na frequência de casos de burnout, também conhecido como esgotamento profissional, uma condição caracterizada pela exaustão física e emocional, causada por longos períodos de estresse crônico no trabalho. Esse fenômeno afeta a saúde dos funcionários, e, consequentemente, a produtividade das empresas, tornando-se uma questão de grande relevância no mundo corporativo.

Uma das principais razões para o aumento do burnout está relacionada ao aumento constante de tarefas e às pressões constantes no trabalho. A tecnologia, embora tenha trazido muitos avanços, também contribuiu para a dificuldade de desconectar-se do ambiente profissional, levando a jornadas de trabalho mais longas e invasões do espaço pessoal. Além disso, a adoção do trabalho remoto e híbrido agravou a definição das fronteiras entre o ambiente profissional e o espaço privado.

Foto: iStock

No entanto, existem comportamentos preventivos que podem minimizar o risco de chegar ao extremo do burnout. Em primeiro lugar, é fundamental que as empresas adotem uma abordagem proativa, começando por criar uma cultura organizacional que valorize o bem-estar dos funcionários. Isso envolve a implementação de políticas de equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, promoção de horários flexíveis, estímulo à comunicação aberta e estabelecimento de limites claros para as horas de trabalho. A promoção de um ambiente onde os funcionários se sintam ouvidos, apoiados e valorizados não apenas melhora o bem-estar individual, mas também contribui para a produtividade e o sucesso a longo prazo da empresa.

É importante também que os funcionários entendam sua responsabilidade na prevenção do burnout. Para evitar chegar a uma situação de esgotamento, é importante que eles pratiquem o autoconhecimento e estabeleçam limites. Isso inclui aprender a dizer não quando necessário, gerenciar o tempo de forma eficaz, e criar uma separação saudável entre o trabalho e a vida pessoal. Além disso, buscar apoio quando se sentir sobrecarregado, seja por meio de colegas ou supervisores, é essencial. O autocuidado também desempenha um papel fundamental, envolvendo a prática regular de exercícios físicos, alimentação saudável e o cultivo de atividades de relaxamento, como meditação ou hobbies, que ajudam a reduzir o estresse e manter um equilíbrio emocional.

Aproveitar os momentos de trabalho presencial e em equipe, para apoiar os demais, também é muito importante. Colegas solidários podem oferecer suporte durante períodos estressantes, compartilhar tarefas para reduzir a carga de trabalho individual e encorajar pausas regulares para aliviar o estresse, criando um ambiente de colaboração e apoio.

O burnout é tão grave que foi classificado pela OMS como uma síndrome relacionada ao esgotamento profissional. Por isso, é importante que as empresas e os funcionários estejam atentos aos sinais de estresse e trabalhem juntos para prevenir e combater esse desafio.

Alexandre Max CEO da plataforma de educação e empregabilidade Vivae, criada a partir de uma parceria da Vivo e da Ânima Educação. Antes da Vivae, Alexandre foi CEO da Casa do Saber. As opiniões do colunista não representam a visão do Terra.
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