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Quem são os jovens da geração Z que assumem cargos de liderança?

Estadão lança série para entender como esses novos líderes encaram os estereótipos da sua geração no mercado de trabalho e o que valorizam na vida profissional

11 jul 2024 - 09h40
(atualizado em 25/7/2024 às 10h46)
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O mercado brasileiro tem passado por transformações significativas nos últimos anos, impulsionadas em grande parte pela crise sanitária global. Entre essas mudanças, um fator que tem gerado intensas discussões é a chegada da geração Z no mundo do trabalho. Como a primeira a crescer imersa no meio digital, a categoria se distingue das anteriores pela preferência por trabalho remoto, flexibilidade de horários e menor interesse em estruturas hierárquicas tradicionais. (Confira aqui a primeira entrevista da série).

Na série, vamos nos referir aos CEOs da geração Z como "CEO Z". Confira o vídeo de lançamento:

De acordo com dados mais recentes do IBGE, mais de 45 milhões de brasileiros pertencem à geração Z. Embora não haja um consenso universal sobre os anos exatos de nascimento, nesta série são considerados aqueles nascidos entre 1995 e 2012 como pertencentes ao grupo.

A geração Z no Brasil não é homogênea. É composta por grupos distintos com diferentes experiências e oportunidades. Quem afirma é Ana Tomazelli, diretora de RH com mais de 20 anos de experiência. Ela divide o contingente de jovens em três grandes grupos:

  1. Jovens em condição de privilégio, em especial das regiões sul e sudeste
  2. Pessoas negras periféricas fora dos grandes centros corporativos sem possibilidade de escolha
  3. Jovens nem-nem: não estudam, nem trabalham

Uma das razões para jovens apresentarem resistência em ocupar cargos de lideranças é a nova métrica de sucesso. Segundo Tomazelli, a gen Z questiona modelos tradicionais de sucesso baseadas em status corporativo e estabilidade financeira.

Com isso, muitos jovens não assumem papéis de liderança devido a experiências pessoais e contextos de vida.

Aqueles que decidem assumir cargos de lideranças fazem parte de um grupo mais privilegiado, avalia a especialista. No entanto, não manifestam interesse em ocupar qualquer cargo de gestão. Optam por áreas mais ligadas a empreendedorismo digital do que em cargos tradicionais.

Segundo o Instituto da Oportunidade Social (IOS), 64% dos jovens da geração Z no Brasil planejam assumir cargos de liderança. O movimento se repete em outros países.

Nos EUA, uma pesquisa da United Minds mostrou que 38% dos membros da geração Z aspiram ser CEOs em algum momento. O levantamento ouviu 1.050 profissionais.

A geração Z que está ascendendo como líder no Brasil vislumbra posições mais nobres, escritórios em lugares renomados e empresas com oferta de serviço, observa a especialista. "Eles não almejam necessariamente uma liderança no varejo, em educação básica e shopping center, setores que exigem escala 6x1 (seis dias de trabalho e um de folga)."

O Estadão conversou com cinco lideranças gen Z para entender como encaram os estereótipos da sua geração no mercado de trabalho e o que valorizam na vida profissional.

Da esquerda para a direita: Rubens Stuque, Marília Robles, Juliana Marques, Mario Augusto Sá e Thainá Santos.
Da esquerda para a direita: Rubens Stuque, Marília Robles, Juliana Marques, Mario Augusto Sá e Thainá Santos.
Foto: Alex Silva, Felipe Rau, Pedro Kirilos e Tiago Queiroz/Estadão / Estadão

As entrevistas serão publicadas semanalmente. Veja quem participa da série:

  • Thainá Santos, 26 anos, coordenadora de Inovação e Tecnologia da L'Oréal Brasil
  • Marília Robles, 28 anos, gerente de Relações Governamentais da Heineken Brasil
Estadão
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