Questão de concurso no RJ é anulada por conteúdo machista: ‘Mulher fala demais’
Pergunta apareceu em prova de nível médio para o cargo de professor da Prefeitura de Macaé
Uma questão chamou atenção em um concurso para professores da Prefeitura de Macaé, no Rio de Janeiro, por ter um conteúdo machista. A pergunta foi publicada pelo deputado federal Reimont (PT) nesta segunda-feira, 14, e gerou revolta entre os internautas.
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O questionamento faz parte do caderno de Língua Portuguesa da prova de nível médio e pede para que o candidato identifique qual frase não contém uma crítica ao fato de uma mulher falar demais. Nas opções para respostas estão:
- Há mulheres que quando mentem, dizem a verdade.
- A língua é a última coisa que morre em uma mulher.
- Há mil invenções para fazer as mulheres falarem, e nem uma só para as fazer calar.
- A língua da mulher não cala nem depois de cortada.
- Gosto de mulheres jovens: suas histórias são menores.
A prova foi elaborada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Em seu perfil no Twitter, o deputado afirmou que enviou um ofício à banca e que recebeu denúncias de outras questões misóginas do mesmo concurso.
Nos comentários, os internautas declararam a situação como inadmissível. “Gente do céu! Inacreditável! As respostas são mais horríveis ainda. Imagina a pessoa tentando marcar a "respostas certas", comentou um perfil na publicação. “Fiz a prova, não acreditei no que estava lendo. E essa questão não foi a única”, destacou um outro.
O Terra entrou em contato com a Fundação Getúlio Vargas (FGV) e com a Prefeitura de Macaé para que possa se manifestar sobre o caso, mas ainda não obteve retorno.