Tenha ouvido de penico e procure as más notícias: conselhos de veterano que liderou Telemar e Sharp
Com passagem também pela Vale e outras empresas, o executivo Manoel Horácio conta os bastidores da trajetória profissional nesta edição da série 'DNA da Liderança'
Do quintal de sua casa na zona sul da capital paulista onde vive com Maria Lúcia e Serena (pet da família), Manoel Horácio exibe a concretização de um sonho antigo: o próprio vinho, feito em um vinhedo localizado em Mendonza, região argentina de Cuyo. Mesmo com uma produção relativamente expressiva, cerca de 10 mil garrafas por ano, o negócio não é a razão que tornou Horácio um dos executivos mais renomados do País. Nascido em Portugal, ele migrou para o Brasil com os pais e os irmãos ainda na infância. Sem conexões, plano de carreira e influência familiar, Horácio alcançou cargos de liderança no mundo corporativo antes dos 30 anos.
Durante a trajetória profissional, o executivo não só foi cortejado por grandes empresas, como também ocupou o topo do alto escalão em corporações de bilhões. Suas passagens pelo Grupo Sharp, Ericsson, Banco Fator, Vale e Telemar (atual Oi) e outras empresas são marcadas por premiações, momentos solitários, conflitos com acionistas e situações que envolviam a vaidade de outros líderes.
Segundo Horácio, a essência de um líder pode ser capturada no poema que abre a autobiografia "O Equilibrista", escrita por Ricardo Reis, um dos heterônimos de Fernando Pessoa. Leia abaixo:
"Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa.
Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilhe, porque alta vive."
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