'Teve dia que não consegui gravar', conta Lucas Lucco sobre burnout
Cantor relembrou em entrevista esse período delicado de sua vida e falou sobre a importância de cuidar da saúde mental
O cantor Lucas Lucco relembrou na quinta-feira, 1º, um período delicado de sua vida e falou sobre a importância de cuidar da saúde mental. Em 2015, o músico sofreu um burnout. Segundo ele, teve dias que ele não conseguia gravar nem fazer shows.
"Eu não podia parar [minha rotina]. Seria o ideal, mas eu não conseguia. Teve um dia que eu não consegui gravar, e outro dia um show que não consegui ir. Esse show que não fui, inclusive, foi aquele que a mídia repercutiu minha situação de burnout", contou em entrevista ao PodeRê.
Lucas Lucco também deu mais detalhes sobre a rotina que levava. "Na época eu treinava muito, sabe como é, né? Essa coisa da dedicação, é um trabalho, é uma construção estética, por isso eu admiro muito o mundo do fisiculturismo, eu admiro a capacidade mental das pessoas, é muito mais mental do que físico. A minha luta contra o cortisol é constante, esse é um dos motivos que me levou a ter o burnout, inclusive."
"Na época, eu já tinha a ajuda do Paulo Muzy [médico esportivo], que já é meu médico há nove anos. Quando eu comecei com ele, eu estava bem nessa época do burnout. Mas por incrível que pareça, quando estava em frente a câmera e no palco, isso não existia. Minha dificuldade era mesmo na logística. O Paulo me ajudou muito, foram vários profissionais que me ajudaram muito", afirmou.
O cantor disse que fazer terapia o ajudou a passar por esse período. "A gente precisa da ajuda de profissionais. Para gente sair de um transtorno, é muito mais uma decisão sua do que externa, remédio e ajuda profissional são ferramentas. Tive ajuda dos medicamentos no início, até chegar no estágio que estou até agora sem nenhum tipo de remédio. Até hoje faço terapia."
O que é o burnout?
O Burnout é uma síndrome entendida como resultado de um estresse crônico, no local de trabalho. Três sintomas são comumente associados ao burnout e merecem atenção. São eles: exaustão que não passa com férias ou descanso no fim de semana; indiferença, ou seja, estar fisicamente presente, mas emocionalmente distante das tarefas e até dos colegas; e ineficácia autodeclarada, quando o trabalhador se força a realizar atividades para as quais se julga incapaz.
Facilmente confundido com ansiedade ou depressão, o burnout se difere por ter a ver com o ambiente laboral, enquanto as outras duas condições podem ocorrer em qualquer circunstância. Em janeiro de 2022, ele passou a ser reconhecido como doença ocupacional pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o que garante direitos trabalhistas na hora do diagnóstico. No link, saiba mais sobre o que é o burnout.
*Com informações do Estadão Conteúdo.