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Convocado pela Alesp, reitor da USP falta a audiência sobre ocupação

Reitoria da universidade está ocupada desde o dia 1º de outubro. Alunos cobram mudanças na eleição para reitor e criticam gestão de Rodas

16 out 2013 - 16h46
(atualizado às 16h46)
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Sem a presença de Rodas, reunião da Alesp foi cancelada
Sem a presença de Rodas, reunião da Alesp foi cancelada
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra

O reitor da Universidade de São Paulo (USP), João Grandino Rodas, não compareceu à reunião da comissão de Educação e Cultura da Assembleia Legislativa do Estado (Alesp), marcada para a tarde desta quarta-feira. Rodas havia sido convocado para a audiência para explicar as acusações de falta de diálogo com estudantes, que ocupam a reitoria da instituição desde o dia 1º de outubro.

O presidente da comissão, deputado João Paulo Rillo (PT), que fez a convocação da reunião, disse que uma nova audiência será marcada na próxima semana. "O reitor alegou que tinha compromissos na universidade, inclusive por conta da invasão do prédio da reitoria, e que por isso não poderia comparecer no horário que foi estabelecido para hoje", afirmou.

O deputado disse que está estudando uma maneira de fazer a audiência pública nas dependências da universidade, o que poderia ser uma forma de garantir a presença de Rodas no encontro.

A comissão também quer pedir esclarecimentos ao reitor sobre uma ação movida pelo Ministério Público por improbidade administrativa. Segundo o MP, Rodas causou prejuízos de R$ 3,3 milhões devido a dois contratos celebrados sem consulta prévia entre 2009 e 2010, quando era diretor da Faculdade de Direito do Largo São Francisco, e publicação de boletins institucionais para promoção pessoal em 2011, quando já era reitor.

Ocupação na reitoria

A ocupação da reitoria foi feita no dia 1º de outubro como forma de protesto pelo modelo de escolha do reitor da universidade. Um dos pontos mais criticados por alunos e funcionários é a lista tríplice, sistema pelo qual os nomes dos três candidatos mais votados são enviados ao governador do Estado, que decide quem será o reitor. Os alunos também cobram paridade entre eleitores na escolha do reitor. Atualmente, o pleito ocorre por meio de colégios eleitorais - representados majoritariamente por professores titulares.

Eles ainda criticam a presença da Polícia Militar dentro do campus da universidade e exigem que a segurança dos alunos seja feita por uma guarda comunitária.

Após a USP entrar com um pedido de reintegração de posse do prédio, a Justiça determinou a realização de uma audiência de conciliação entre alunos, funcionários, professores e representantes da universidade na semana passada. Como não houve acordo, foi estabelecido um prazo de 60 dias para que a reitoria e os manifestantes estabeleçam o diálogo.

Fonte: Terra
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