Cotado para MEC diz que mudou de opinião sobre fim da pasta
"Gostaria de ser avaliado pelo que eu penso e faço hoje, como um gestor público, ao invés de um livro escrito quinze anos atrás", escreveu
SÃO PAULO - Cotado para assumir o Ministério da Educação (MEC), o secretário de Estado da Educação do Paraná Renato Feder afirmou neste domingo, 5, em uma rede social ter mudado de ideia sobre um livro que escreveu e que defendia o fim do MEC e a privatização da Educação.
"Escrevi um livro quando tinha 26 anos de idade. Hoje, mais maduro e experiente, mudei de opinião sobre as ideias contidas nele. Acredito que todos podem e devem evoluir em relação ao que pensavam na juventude. Gostaria de ser avaliado pelo que eu penso e faço hoje, como um gestor público, ao invés de um livro escrito quinze anos atrás", escreveu.
Publicado em 2007, o livro 'Carregando o Elefante - Como transformar o Brasil no país mais rico do mundo' trazia a proposta de o governo pagar um 'voucher' às famílias para elas colocarem seus filhos em escolas particulares. Modelo semelhante seria adotado no ensino superior.
Feder é coautor do livro, que foi escrito com o empresário Alexandre Ostrowiecki, da Multilaser, empresa em que atuava como CEO até assumir o cargo de secretário.
O secretário utilizou as redes sociais para prestar esclarecimentos, afirmando que informações falsas foram divulgadas a seu respeito. Na publicação, falou de sua formação acadêmica - graduação em Administração pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e mestrado em Economia pela Universidade de São Paulo (USP) - e negou que livros com ideologia de gênero foram distribuídos no Paraná.
"Tenho convicção de que a minha missão de vida é ajudar na educação do nosso país, sinto-me feliz fazendo esse trabalho e podendo devolver ao Brasil um pouco das bênçãos que recebi na vida", escreveu.
Na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro indicou que deve escolher Feder para ser o novo ministro da Educação. Ele já tinha se reunido com presidente antes da escolha de Carlos Alberto Decotelli, que pediu demissão depois de denúncias sobre incoerências em seu currículo.