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Cotado para o MEC elogia Weintraub, mas depois apaga post

O professor Anderson Correia, que é reitor do ITA, tratou o ex-ministro como 'grande gestor' em postagem

2 jul 2020 - 18h14
(atualizado às 18h36)
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Um dos nomes avaliados para assumir o Ministério da Educação, o professor Anderson Correia elogiou a atuação do ex-ministro Abraham Weintraub, demitido no mês passado após criar polêmicas em série e se tornar uma dor de cabeça para o presidente Jair Bolsonaro. A postagem, que tratava Weintraub como "grande gestor", foi apagada logo em seguida. Antes, porém, o próprio ex-ministro agradeceu o elogio em sua rede social.

Anderson Ribeiro Correia é reitor do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA)
Anderson Ribeiro Correia é reitor do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA)
Foto: DIVULGAÇÃO / Estadão Conteúdo

"O ministro Abraham Weintraub trabalhou no MEC, lutando contra oligarquias, sem fazer politicagem e batalhou muito pelo orçamento da pasta. Toda segunda-feira reunia o primeiro escalão, logo cedo, como se faz no setor privado. Grande gestor", postou Correia, que é reitor do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA).

O nome de Correia entrou no páreo para assumir o MEC após a demissão de Carlos Decotelli, na terça-feira passada. O ex-ministro perdeu apoio no governo após descoberta de inconsistências em seu currículo, que incluía um doutorado na Argentina e um pós-doutorado na Alemanha. Os títulos, no entanto, foram contestados pelas instituições dos dois países.

Após elogiar Weintraub, Correia também compartilhou uma mensagem que fala em exagero nas críticas ao colega, sugerindo que há "racismo" nos ataques a Decotelli. Evangélico e com perfil técnico, Correia passou a aglutinar apoio de vários grupos que indicam nomes para o MEC a Bolsonaro.

Ele trabalhou com Weintraub no período em que foi presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), cargo que ocupou até o ano passado. Ainda no cargo, passou a concorrer à vaga de reitor do ITA, posição que ele já tinha ocupado entre 2016 e 2019. Foi o escolhido mais uma vez. Procurado, Correia não quis comentar o assunto.

Estadão
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