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Covas separa avanço na flexibilização de volta às aulas

Prefeito tenta blindar desde o início a Prefeitura de pressões pela reabertura das escolas após a mudança de status da capital

4 set 2020 - 05h10
(atualizado às 07h29)
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Um dia antes de o governo paulista reclassificar o mapa da covid-19 no Estado, o prefeito Bruno Covas dissociou na quinta-feira, 3, a entrada da capital na fase verde à reabertura das escolas públicas. De qualquer forma, o governo paulista não cogita colocar por ora a capital ou nenhuma outra cidade na fase verde.

O prefeito Bruno Covas durante coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes em São Paulo (SP)
O prefeito Bruno Covas durante coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes em São Paulo (SP)
Foto: Newton Menezes / Futura Press

Na semana passada, começaram a valer novas regras para que uma região do Estado possa avançar da fase amarela para a verde. Dois novos indicadores fixos passaram a ser utilizados para essa mudança de fase: o número máximo de até 40 internações e de até cinco óbitos a cada 100 mil habitantes, registrados nos últimos 14 dias. Além disso, outra mudança já implementada foi o porcentual de ocupação de leitos, que pode variar entre 75% e 70%, anteriormente, esse valor deveria ficar abaixo de 60%. Por isso, cresceu a expectativa em relação às evoluções para a fase verde - só possível a cada 14 dias.

O gesto de Covas é uma tentativa de blindar desde o início a Prefeitura de pressões pela reabertura das escolas públicas e privadas após a mudança de status da capital para o modelo mais flexível da quarentena. Ele voltou a dizer na quinta-feira, 3, que a perspectiva da Prefeitura é de que entre 20 de setembro e 10 de outubro a cidade possa entrar na fase verde do Plano São Paulo. Covas frisou, entretanto, que entrar nesta fase não garante retorno às aulas presenciais nas escolas da rede municipal de ensino.

A capital do Estado está na fase amarela do plano de reabertura desde o fim de junho, e não houve regressão. Se for para a fase verde, setores como cinemas e teatros poderão apresentar protocolos sanitários para uma reabertura. Além disso, a capacidade dos estabelecimentos já abertos sobe de 40% para 60%.

Essa mudança, avaliam aliados do prefeito, poderia municiar os grupos de pressão que defendem a abertura das escolas para aulas presenciais. No processo de reabertura, a Prefeitura tem sido mais resistente que o governo do Estado.

Estadão
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