O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, recebeu os médicos estrangeiros nesta segunda-feira em Brasília
Foto: Elza Fiúza / Agência Brasil
Os profissionais vão passar por um treinamento de três semanas na Universidade de Brasília (UnB) antes de iniciar o trabalho nas cidades
Foto: Elza Fiúza / Agência Brasil
A vice-ministra da Saúde de Cuba, Marcia Covas, participou de solenidade em Brasília e negou que os profissionais da ilha tenham interesse em tirar vagas de médicos brasileiros
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O ministro Alexandre Padilha defendeu o programa Mais Médicos e disse que o idioma não será empecilho para atender bem a população
Foto: Elza Fiúza / Agência Brasil
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A vice-ministra da Saúde de Cuba, Marcia Cobas, afirmou que os médicos cubanos receberão entre 40% e 50% da bolsa de R$ 10 mil oferecida aos profissionais que atuarão no programa Mais Médicos. O governo brasileiro desembolsará a totalidade dos recursos por meio de um convênio com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas).
Em discurso aos médicos que começam nesta segunda-feira um programa de treinamento de três semanas antes de irem a campo, a ministra afirmou que não exporta médicos, mas um serviço de saúde.
“Cuba não mercantiliza. Eles (médicos cubanos) não são desempregados. São empregados e deixaram o seus trabalhos. Quando terminarem aqui eles voltam ao seu emprego. Eles receberão 100% dos seus salários”, afirmou.
Ao se referir ao salário, Marcia Cobas se referia ao salário cubano, que equivale a aproximadamente US$ 27. Quando médicos cubanos atuam em ações no exterior, o salário é destinado a suas famílias e um acréscimo é repassado para garantir sua sobrevivência em outros países.
É o que conta Oscar Rosales. Com experiência anterior em quatro países, ele afirma que sua família fica amparada em seu país. Ele não revelou quanto receberia no Brasil. “O suficiente para garantir minhas condições de vida, transportes e as necessidades básicas”, limitou-se a dizer.
ENTENDA O 'MAIS MÉDICOS'
- Profissionais receberão bolsa de R$ 10 mil, mais ajuda de custo, e farão especialização em atenção básica durante os três anos do programa.
- As vagas serão oferecidas prioritariamente a médicos brasileiros, interessados em atuar nas regiões onde faltam profissionais.
- No caso do não preenchimento de todas as vagas, o Brasil aceitará candidaturas de estrangeiros. Eles não precisarão passar pela prova de revalidação do diploma
- O médico estrangeiro que vier ao Brasil deverá atuar na região indicada previamente pelo governo federal, seguindo a demanda dos municípios.
- Criação de 11,5 mil novas vagas de medicina em universidades federais e 12 mil de residência em todo o País, além da inclusão de um ciclo na residência em que os profissionais atuarão no Sistema Único de Saúde (SUS).
23 de agosto - Em São Paulo, sete médicos formados no exterior desembarcaram no aeroporto de Guarulhos nesta sexta-feira. Até domingo, está prevista a chegada de 244 profissionais a diversas capitais do País. A partir de segunda-feira, eles começam a passar por um curso de atualização, de três semanas, para depois serem encaminhados às cidades onde vão trabalhar
Foto: Bruno Santos / Terra
23 de agosto - De acordo com a médica argentina Natalia Allocco, 26 anos, o programa antecipou um "sonho" que tinha de viver no Brasil. Filha de mãe brasileira, ela diz conhecer o País, para o qual já veio em diversas ocasiões. Trabalhar em regiões carentes não a assusta
Foto: Bruno Santos / Terra
23 de agosto - Cristian Cheles Uzuelli, 32 anos, é outro brasileiro formado na Argentina, onde viveu por 8 anos. "Sempre que trabalhamos em um lugar fora, há alguma hostilidade no início. Foi assim comigo na Europa. Vir trabalhar aqui foi uma questão de opção. Trabalhei na região de La Plata, onde considero que as questões de pobreza sejam ainda maiores do as que vou enfrentar aqui", disse
Foto: Bruno Santos / Terra
23 de agosto - De acordo com Jarbas Barbosa, secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, São Paulo ficará com 102 médicos dos 1.340 profissionais que serão destinados para 516 municípios do País
Foto: Bruno Santos / Terra
23 de agosto - Thiago da Silva, 32 anos, é brasileiro e retorna da Argentina após 12 anos. Médico pediatra, ele disse que o valor da bolsa foi o que menos pesou para trabalhar no Brasil. "Quero oferecer boa medicina aqui", disse ele, filho de pai mineiro e mãe paulista
Foto: Bruno Santos / Terra
23 de agosto - Na capital federal, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, recebeu os profissionais da saúde
Foto: Valter Campanato / Agência Brasil
23 de agosto - A médica espanhola Sonia Nunes chega a Brasília
Foto: Valter Campanato / Agência Brasil
23 de agosto - Médicos formados no exterior são recebidos diretor do programa da Secretaria de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde, Felipe Proenço, vinculado ao Ministério da Saúde, em Porto Alegre
Foto: Daniel Favero / Terra
23 de agosto - No Rio de Janeiro, médicos formados no exterior chegaram com críticas aos profissionais brasileiros
Foto: Marcus Vinícius Pinto / Terra
23 de agosto - Médicos formados no exterior chegam em Belo Horizonte
Foto: Ney Rubens / Especial
24 de agosto - Primeiros médicos enviados pelo governo de Cuba desembarcam no Recife. Trinta formados na ilha caribenha desembarcaram no Recife e outros 176 seguiram para Brasília
Foto: Luiz Fabiano / Futura Press
24 de agosto - Médicos de Cuba chegam a Brasília
Foto: Futura Press
25 de agosto - Em Fortaleza, formados na ilha caribenha são recebidos com manifestação no aeroporto
Foto: Futura Press
25 de agosto - Salvador foi uma das cidade que recebeu os médicos de Cuba no domingo. No final de semana, foram 400 formados na ilha. Até o final do ano, o total deve chegar a 4 mil