De SP a Roraima: veja o perfil da educação nos Estados
Uma análise dos orçamentos das pastas estaduais de educação previstos para 2013 escancara a desigualdade brasileira. A diferença já se mostra nos números absolutos: os investimentos previstos vão de R$ 500 milhões em Roraima a R$ 24 bilhões em São Paulo.
No cálculo aproximado de quanto é investido por aluno em cada Estado, fica mais claro o que significam essas cifras. Os resultados mostram que o investimento relativo inverte o quadro: Roraima, o menor orçamento, aparece na quinta colocação e investe, em média, R$ 6.217,98 por aluno da rede pública, enquanto São Paulo figura na 10ª posição, com um investimento médio de R$ 5.778,19 por estudante. O Distrito Federal ocupa o primeiro lugar nesta categoria: investe R$ 10.942,86 por aluno. Já os Estados que menos investem por aluno matriculado são o Amazonas (R$ 3.075,89) e a Bahia (R$ 3.366,39).
Ao contrário do que se pode pensar, investimento e desempenho não são necessariamente proporcionais. É o que mostra o cruzamento desses valores com as notas do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2011. O Distrito Federal, que é quem mais investe por aluno, tem a terceira melhor nota no Ideb das séries iniciais, mas cai bastante nas outras categorias: ocupa a nona colocação nas séries finais e apenas a 16ª no ensino médio. Já o Estado com o melhor Ideb é Santa Catarina, que lidera em duas categorias – aparece em segundo somente nas séries iniciais do fundamental. Os catarinenses são o segundo maior investidor por estudante da rede pública (R$ 6.829,52).
Em um levantamento exclusivo, o Terra baseou-se nesses valores atuais, em dados do Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Educação e no número de alunos matriculados nas redes estaduais segundo dados do Censo Escolar 2012, para analisar a situação das finanças da educação nos Estados. Confira a seguir.