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Deputados aprovam projeto que inclui a Bíblia em escolas do Ceará

Proposta teve amplo apoio da base do governador, Elmano Freitas (PT)

16 ago 2024 - 18h41
(atualizado às 18h54)
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Projeto de Indicação prevê Bíblias nas escolas do Ceará
Projeto de Indicação prevê Bíblias nas escolas do Ceará
Foto: krisanapong detraphiphat/Getty Images

Os deputados do Ceará aprovaram na última quarta-feira, 14, o projeto de indicação para colocar Bíblias nas escolas da rede estadual. De autoria do apóstolo Luiz Henrique (Republicanos), o texto teve amplo apoio da base do governador, Elmano Freitas (PT).

Na proposta inicial, o autor colocou a “Bíblia nas Escolas como tema transversal na grade curricular”. Para ele, o livro deve ser usado como um documento para aprendizado, como “para falar de Roma e do Império”.

No dia da votação, no entanto, Romeu Aldigueri (PDT) apresentou uma emenda para que textos sagrados de outras religiões fossem também incorporados ao acervo das escolas, o que irritou a oposição. Com a alteração, o texto foi aprovado por 20 votos a seis. Veja como ficou:

Art. 1º - Fica incluída a temática “BÍBLIA NAS ESCOLAS” como tema transversal na grade curricular das escolas da rede pública mantidas pelo Governo do Estado do Ceará.

Art. 2° - A temática poderá ser ministrada por meio de aulas, seminários, palestras ou semanas culturais, abordando conteúdos sobre o Antigo e o Novo Testamento e a influência da Bíblia na literatura, cultura e história do mundo.

Art. 3º – A temática terá matrícula facultativa.

O projeto ganhou contornos polêmicos após a participação de Elmano Freitas no Congresso Ceará Pentecostal na Igreja do Senhor Jesus, no dia 9 deste mês. No evento da igreja do apóstolo Luiz Henrique, o governador garantiu a aprovação do texto para a plateia: "Eu estou aqui para dizer para vocês: o projeto será aprovado, as Bíblias serão compradas e colocadas nas escolas do nosso Estado".

Ao ser questionado sobre a possibilidade de o projeto ferir a laicidade do Estado, Elmano Freitas citou os materiais didáticos. Por ser um projeto de indicação, a proposta seguirá para análise do governo.

"Da mesma maneira que tem um livro de literatura, que tem um livro de história, que tem um livro de geografia, é bom também que tenha livros religiosos. Isso não faz mal nenhum, ao contrário, isso faz bem à nossa juventude e vai estar lá de todos os livros de todas as religiões que o nosso povo professa", disse aos jornalistas.

Um dos votos contrários ao projeto, o deputado Renato Roseno (PSOL) destacou que o método pode atrapalhar o ensino de biologia. Na mesma linha, a vice-líder do governo, Larissa Gaspar (PT), apontou que  "escola pública não é lugar de proselitismo religioso". Alcides Fernandes (PL) chamou o discurso de  "teatro" para "enganar o povo evangélico".

* Com informações de Estadão Conteúdo.

Fonte: Redação Terra
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