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Dia do folclore brasileiro: conheça a origem e lendas da data

A data, celebrada mundialmente nesta quinta-feira (22), foi criada para celebrar as raízes e impactos de tradições populares na sociedade

22 ago 2024 - 17h24
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O Dia do Folclore é comemorado mundo afora, sempre em 22 de agosto. Esta data foi escolhida em referência ao dia 22 de agosto de 1846, quando o escritor inglês William John Thoms cunhou o termo "folklore". No Brasil, a celebração foi oficializada em 1965 pelo presidente Humberto de Alencar Castello Branco, com o objetivo de incentivar a pesquisa e estudo das tradições brasileiras.

A data foi originada em 1846
A data foi originada em 1846
Foto: Canva / Perfil Brasil

O termo folklore, utilizado por Thoms, é a junção de "folk" (povo) e "lore" (saber) em inglês. É um dia que celebra as raízes e impactos das tradições populares na sociedade atual.

Por mais que oficialmente, o Dia do Folclore só tenha chego no Brasil em 1965, o tema já estava em circulação na sociedade. Na Semana de Arte Moderna de 1922 diversas obras tinham como inspiração o folclore brasileiro, e em 1947 a Comissão Brasileira de Folclore foi criada por Renato de Almeida, com o objetivo de estudar as tradições do país.

O que é folclore?

Folclore é um conjunto de lendas, contos, músicas, comidas típicas, roupas, danças e toda a expressão cultural de uma comunidade. Para algo ser considerado folclórico, deve ter certas características

  • Tradicionalidade: transmitido de geração em geração, com adições ao longo do tempo;
  • Dinamicidade: conteúdo modificado conforme a tradição local;
  • Funcionalidade: motivo que originou a história ou tradição;
  • Aceitação coletiva: identificação da comunidade com o fato;
  • Regionalidade: particular a uma região específica;
  • Espontaneidade: surgimento natural, sem decretos governamentais.

Quais são as lendas do folclore brasileiro?

O folclore brasileiro é famoso por suas lendas. Muitas dessas histórias foram popularizadas por autores como Monteiro Lobato. Entre elas estão:

Negrinho do Pastoreio

O Negrinho do Pastoreio era um escravo órfão e maltratado por seu senhor, que o obrigava a realizar tarefas árduas, como pastorear cavalos. Certo dia, ao perder um cavalo durante o pastoreio, o Negrinho foi cruelmente castigado pelo seu senhor, que o amarrou e deixou-o sobre um formigueiro. Mesmo com tanto sofrimento, o Negrinho foi salvo milagrosamente por Nossa Senhora, que o levou ao céu, deixando apenas suas pegadas na terra.

Reza a tradição, presente principalmente no Sul do país, que, para encontrar objetos perdidos, deve-se acender uma vela e fazer um pedido ao Negrinho do Pastoreio, que, com a ajuda da Virgem Maria, encontra o que foi perdido.

Boto Cor de Rosa

A lenda, popular na região Amazônica do Brasil, conta a história do boto, um golfinho de água doce que habita os rios amazônicos, transforma-se em um belo jovem durante as festas juninas. Vestido de branco e usando um chapéu para esconder o orifício respiratório no topo da cabeça, ele encanta as moças da região com sua beleza e simpatia. Após seduzir as jovens, ele as leva para o fundo do rio e depois desaparece, voltando a ser um boto.

Curupira

O Curupira, fortemente conectado a comunidades indígenas, é descrito como um ser mítico de baixa estatura, com cabelos de fogo e pés voltados para trás, o que confunde aqueles que tentam segui-lo na floresta. Ele é o protetor das florestas e dos animais, punindo severamente aqueles que causam danos à natureza, como caçadores e lenhadores que desrespeitam a mata. Sua presença é temida por aqueles que se aventuram na floresta sem boas intenções, pois ele é conhecido por criar ilusões, provocar desorientação e até mesmo enlouquecer seus perseguidores.

Saci-Pererê

O Saci é retratado como um menino travesso, de pele escura, que possui uma perna só e usa um gorro vermelho que lhe confere poderes mágicos, como o de desaparecer e aparecer onde quiser. Ele é famoso por suas brincadeiras, como trançar crinas de cavalos, apagar fogões, derrubar objetos e assustar viajantes. Além disso, o Saci é associado à sabedoria popular, conhecendo plantas medicinais e os segredos da mata. Ele costuma surgir em redemoinhos de vento, e capturá-lo envolve pegar seu gorro e prendê-lo em uma garrafa.

A lenda é um reflexo da mistura cultural do Brasil, incorporando elementos africanos, indígenas e europeus.

Mula sem cabeça

A Mula sem cabeça é uma mulher que foi amaldiçoada por ter se envolvido romanticamente com um padre, um pecado grave na tradição cristã. Como punição, durante as noites de quinta para sexta-feira, ela se transforma em uma mula sem cabeça que galopa por estradas e campos, soltando fogo pelo pescoço, onde deveria estar a cabeça. O som de seus cascos e os gritos aterrorizantes que ela emite são sinais de sua aproximação, espalhando medo entre os que a encontram.

Boi-Bumbá

A lenda, também conhecida como Bumba Meu Boi, é uma das mais populares manifestações culturais do folclore brasileiro, especialmente no Norte e Nordeste do país. A história gira em torno de um fazendeiro e seu boi preferido, que é morto por um escravo chamado Pai Francisco para satisfazer o desejo de sua esposa grávida, Mãe Catirina, de comer a língua do animal. Ao descobrir o crime, o fazendeiro fica furioso e exige que o boi seja ressuscitado. Diversas figuras míticas e personagens folclóricos, como pajés e curandeiros, são chamados para trazer o boi de volta à vida, e após vários rituais, o boi é ressuscitado, culminando em uma grande festa de celebração.

Inspirado neste mito, nasceu o Festival de Parintins, no Amazonas, que celebra a figura do Boi e as tradições folclóricas.

Perfil Brasil
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