Dono de colégio é condenado a indenizar ex-aluno por usar balde com urina para agredi-lo
A defesa de Rubens Neto alegou no processo que ele jogou uma mistura de "água e gelatina sabor maracujá" no jovem
O dono de um colégio no interior de São Paulo foi condenado pela Justiça a pagar uma indenização de pouco mais de R$ 13 mil a um ex-aluno e sua mãe, por ter jogado um balde com urina no então estudante. O caso aconteceu nas dependências do Colégio Einstein, em Avaré, pertencente ao empresário Rubens da Silva Ribeiro Neto.
Segundo o exposto no processo, no dia 6 de outubro do ano passado, Rubens Neto teria jogado a urina na cabeça do ex-aluno João Vitor Silva Fusco, com o intuito de ridicularizá-lo. Além disso, o jovem teria sido suspenso da escola pelo período de três dias.
A defesa do dono da escola disse que ele não jogou urina, mas uma mistura de "água e gelatina sabor maracujá". A atitude teria como finalidade "educar os alunos em relação à limpeza do banheiro". Além do embate dentro da escola, Rubens Neto ainda publicou vídeos mostrando a cena da suposta punição.
Segundo depoimento da mãe do menino, Katia Regina Silva Fusco, que também foi indenizada, no dia do ocorrido o filho a ligou pedindo para buscá-lo. Na conversa, ela lembra de ele mencionar que o caso envolvia "polícia e delegacia".
Ela disse ainda que João, que já estava aprovado na Unesp, em Botucatu, deixou de prestar outros vestibulares por causa da situação.
A decisão da juíza Marília Vizzotto condena Rubens Neto a pagar R$ 10 mil ao ex-aluno e cerca de R$ 3 mil a Kátia. O dono da escola também terá que apagar os vídeos e imagens que foram publicados no dia do ocorrido. Ele ainda pode recorrer.
O Terra buscou contato com o Colégio Einstein, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto para manifestações.