Doria reorganiza duração e número de aulas na rede paulista
Carga horária diária terá 15 minutos a mais; Estado não prevê contratação de professores
SÃO PAULO - O governador João Doria (PSDB) anunciou nesta segunda-feira, 6, que a partir de 2020 as aulas das escolas da rede estadual de São Paulo terão 45 minutos e não mais 50, como é hoje. A redução do tempo ocorre para ampliar de cinco para seis o número de aulas diárias para os alunos dos anos finais do ensino fundamental (do 6º ao 9º ano) e ensino médio.
O modelo resultará em um aumento da carga horária de 15 minutos por dia para 3 milhões de alunos de 3,8 mil escolas. Quando estiver em vigor, os estudantes do período matutino passam a sair da escola às 12h35 - não mais às 12h20. No período vespertino, a saída passará a ser às 18h35 - atualmente é às 18h20.
No novo projeto pedagógico os estudantes terão duas aulas por semana de uma atividade chamada Projeto de Vida, mais duas aulas do componente Eletivas e uma de Tecnologia.
Segundo o secretário estadual da Educação, Rossieli Soares, as opções de eletivas serão levantadas a partir das necessidades e anseios dos estudantes e possibilidades dos professores. O novo modelo não prevê a contratação de mais professores, apenas a formação para quem estiver interessado em dar aula das novas disciplinas.
A ideia é que cada escola organize um Feirão de Eletivas no início do ano, para que todos discutam conjuntamente quais serão as opções ofertadas. O cardápio de eletivas abrangerá temas como empreendedorismo, ética e cidadania, olimpíadas de conhecimento, teatro, comunicação não violenta e mediação de conflitos, entre outras a serem definidos junto com a rede.
Essas atividades serão estruturadas com base na experiência da própria rede com a disciplina de Projeto de Vida - existente desde 2012 - e que auxiliam os alunos a desenvolverem a gestão do próprio tempo, a organização pessoal, compromisso com a comunidade e perspectivas para o futuro.