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Enem 2022: portões fecham e prova começa em todo o País

Prova é o principal vestibular de universidades públicas e privadas; são 3,39 milhões de inscritos

13 nov 2022 - 12h10
(atualizado às 13h44)
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Vestibulandos são vistos entrando na universidade são judas Tadeu, na região da zona leste da cidade de São Paulo, para realizar a prova do ENEM de 2022, neste domingo,13
Vestibulandos são vistos entrando na universidade são judas Tadeu, na região da zona leste da cidade de São Paulo, para realizar a prova do ENEM de 2022, neste domingo,13
Foto: ETTORE CHIEREGUINI/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO

Os portões do primeiro dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2022 acabam de ser fechados neste domingo, 13. Os candidatos podiam entrar nas escolas até as 13 horas. A prova começou às 13:30, com 45 questões de multiplica escolha de português e 45 de matemática, mais uma redação dissertariva.

O tempo mínimo de permanência do exame é de duas horas e a prova deve ser entregue até as 19 horas. Esta é a primeira parte do exame, que terá uma segunda prova, de Ciências da Natureza Ciências Humanas, no próximo domingo, 20. Houve corre-corre no momento de fechamento dos portões na Unip próxima à Avenida Paulista, onde estava a reportagem do Estadão.

Muitos candidatos erraram o endereço do local de prova e tiveram que se direcionar às pressas para o novo endereço. Alguns conseguiram entrar, outros, não. Ana Paula Figueiredo, 19 anos, chegou três minutos atrasada no portão da Unip Vergueiro e não conseguiu realizar o exame. Deficiente auditiva, ela pretende cursar Administração. “Eu me confundi com a Unip que fica na rua de trás. Vim correndo de carro com a minha avó para cá, mas não deu tempo”, conta.

Ana Paula saiu com duas horas de antecedência de casa, próxima ao Shopping Tietê, na zona norte, mas enfrentou muito trânsito. “Só não estou tão triste porque o meu foco maior é em um vestibular de universidade privada. Mesmo assim, eu gostaria de ter tentado uma vaga em federal. Se eu passasse, eu tentaria cursar”, disse.

Quem já acompanhou o desespero dos ‘atrasados do Enem’ anteriormente preferiu se adiantar ao horário de abertura dos portões dos locais de prova. Fábia Miranda Caló, 17 anos, chegou às 11 horas na Unip Vergueiro, local onde realizaria a prova pela primeira vez. Ela veio de Itapecerica da Serra e pretende disputar uma vaga em Direito em uma universidade pública pelo Sistema de Seleção Unificada, o SiSU, que reúne em um sistema eletrônico gerido pelo Ministério da Educação (MEC) as vagas ofertadas por instituições públicas de ensino superior de todo o Brasil, em especial as das universidades federais.

Fabia veio acompanhada de sua mãe, Maria Helena Correira Miranda, e seu pai, Manuel Francisco Caló. “Ela é a caçula e, dos nossos três filhos, por enquanto, só a mais velha tem faculdade. Esperamos que Fabia seja a próxima”, dizem. “Vamos ficar aqui aguardando e torcendo por ela durante toda a prova.”

O clima era de ansiedade e, assim como Fabia, Tereza Agostinho, 18 anos, também estava nervosa. Ela tentará pela segunda vez uma vaga em medicina na USP. “Eu tentei no ano passado, logo depois que saí do Ensino Médio, mas não passei. Fiz um ano de cursinho e agora vou tentar de novo”, diz. A estudante chegou às 10 horas no local de prova. “Preferi sair bem cedo porque moro longe, em Itaquera.”

Salvador

A estudante Aisha Santos Ribeiro, de 17 anos, chegou de máscara para fazer o Enem na Universidade Federal da Bahia (UFBA), mas não por receio da Covid-19. “Meu medo era não poder fazer a prova se eu viesse sem, porque falaram que era obrigatório na sala”, explica.

Ela está no 3° ano do Ensino Médio e faz o Enem pela segunda vez. Ela acredita estar mais tranquila agora, depois de já conhecer a prova. Outra diferença é que, em 2021, as aulas eram online, enquanto agora, em 2022, foram presenciais. “Deu pra perceber que esse ano estudei mais e assimilei mais coisas no presencial”, pondera. Ela ainda não sabe qual curso pretende seguir, embora esteja inclinada para Química. “Já fiz muitos simulados, estudei o ano inteiro, então tô confiante”.

João Victor Cunha, de 17 anos, compareceu à UFBA neste domingo não apenas para fazer o Enem, mas também para conhecer o lugar onde sonha estudar Engenharia da Computação. A influência na escolha do curso foi da família, especialmente pais e tios que trabalham na área.

Essa é a segunda vez que ele presta o Enem. No ano passado, tentou como ‘treineiro’, e agora, no 3° ano do Ensino Médio, tenta obter a sonhada aprovação. “Dessa vez estou mais tranquilo, é o primeiro ano do ensino médio que foi 100% presencial”, aposta.

Porto Alegre

Em Porto Alegre, o primeiro dia de aplicação das provas do Enem foi marcado por um trânsito intenso no caminho até a PUC-RS, local que concentra mais estudantes que farão a prova na capital, cerca de 7 mil ao todo.

Isabela Souza Fontoura, 20 anos, vai para a sua quinta prova do Enem, com o objetivo de cursar Medicina. No pátio da PUC-RS ela era uma das poucas com máscara, e se dizia preocupada com a alta nos casos de covid. “Eu estou me cuidando muito desde o início da pandemia, acho que agora parece que os casos estão aumentando e como tem prova semana que vem não quero estar doente, então vou usar a máscara para entrar e sair e vou fazer a prova sem máscara para respirar melhor”, explica.

Ingrid Fonseca, 18 anos, realiza a prova pela primeira vez e diz que é justamente a redação o que mais lhe preocupa. “É o que vale mais, o restante estudei um pouco de tudo”, conta ela que vai tentar uma vaga no curso de nutrição.

Rio de Janeiro

O primeiríssimo candidato a chegar ao campus da Universidade Estadual do Rio De Janeiro (UERJ). Ruan Freitas, de 19 anos, levou 9 minutos de Benfica ao bairro do Maracanã, onde fica a universidade. Aluno do terceiro ano da escola Clóvis Monteiro, Ruan tenta o Enem pela primeira vez. Cursar Engenharia Mecânica é o objetivo do estudante, que trabalha como consultor financeiro. Mas a faculdade ainda não está definida. Para tirar uma boa nota, sua estratégia é simples: colocar em prática tudo o que vem estudando.

“A pandemia atrapalhou muito. Tinha matéria que ficava meio perdida, é muito ruim quando não tem um professor para você poder perguntar”, comentou o jovem, que se sente mais confortável em Matemática do que em Português.

Estadão
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