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Enem 2024: como construir um argumento na prova de redação do exame?

Ao Terra, especialista compartilharam dicas e erros mais comuns na área

20 out 2024 - 05h01
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Redação Enem
Redação Enem
Foto: Reprodução/Getty Images

Falta menos de um mês para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Entre as várias temáticas abordadas no provão, que acontece nos dias 3 e 10 de novembro em todo o País, a redação é uma das que causam mais preocupações nos candidatos. 

A redação será aplicada no primeiro dia do exame, 3 de novembro. Nessa prova, o candidato deve fazer um texto dissertativo-argumentativo em até 30 linhas, combinando os seus conhecimentos e inspirações dos textos de referência para responder à situação-problema proposta. 

Para a avaliação, os corretores consideram cinco competências. São elas: 

  • Competência 1: Demonstrar domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa;
  • Competência 2: Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo em prosa;
  • Competência 3: Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista;
  • Competência 4: Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação;
  • Competência 5: Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.

Apesar das dicas alguns alunos acabam falhando no momento da construção desta argumentação. Ao Terra, especialistas compartilharam dicas de como escrever um bom texto argumentativo e se sair bem nesta etapa.

Como construir um argumento?

O professor de redação Gustavo Amorim de Almeida, do Pensi, explica que o argumento é utilizado para defender uma tese, ou seja, a opinião. E ele deve ser expressado logo no primeiro parágrafo do texto, durante a introdução. Nos demais parágrafos, os alunos devem desenvolver seu raciocínio para defendê-la. 

"Tecnicamente, o argumento é uma ideia que vai ser utilizada para ser desenvolvida. A gente chama essa ideia de tópico frasal. Então, todo argumento tem um tópico frasal, que é a síntese dessa ideia. Depois de apresentar esse tópico frasal, é interessante que os alunos sustentem, comprovem esse tópico frasal com recursos argumentativos. Então, um exemplo, um fato histórico, um fato atual, um argumento de autoridade, até mesmo uma pequena narrativa ilustrativa", orienta Amorim. 

Depois de apresentado o tópico frasal, o candidato deve seguir para o aprofundamento dessa ideia. Para isso, o professor recomenda citar causas, motivos e fatores que levam ao problema que está sendo discutido.

O professor de redação Heitor Ferreira, do Direção Concursos, destaca a importância do repertório como fundamental para construção de uma base argumentativa sólida.

"A grande sugestão é estabelecer alguns recursos de diferenciação de texto, como, por exemplo, começar a implementar na construção do caderno de redação as atualidades, Constituição Federal, filmes, séries, documentários; trazer o conhecimento de mundo, desde que fundamentado para dentro do texto", explica. 

Ferreira orienta o aluno a montar esse caderno de repertório a partir de eixos temáticos. 

"No Enem, quais temas são comuns? Nas últimas 17 edições, pensando de 2009 para cá, até 2023. Todos os temas têm um perfil social, têm um debate étnico, têm um debate sobre um grande tema do momento. Então, vamos pensar em grandes eixos, sociedade, economia, cultura, educação, meio ambiente, segurança, relações internacionais, sustentabilidade. Partindo desses grandes eixos, ele consegue começar a criar uma boa base de repertório", destaca. 

Quais são os erros mais comuns cometidos nessa parte?

Segundo os professores, os candidatos costumam cometer erros que podem ser facilmente resolvidos. O primeiro destacado por Heitor Ferreira é não especificar as citações na redação. 

"Por exemplo, eu vou citar lá, né? Byung-Chul Han, então, quando eu for usar como base, tenho que colocar: 'Conforme expresso pelo sociólogo sul-coreano Byung-Chul Han', aí eu trago a ideia. Não é só mencionar o nome de um autor, ou a referência de um livro, ou a Constituição Federal de forma generalista", explica. 

Gustavo Amorim de Almeida cita ainda a falta de posicionamento crítico.

"Essa é uma falha muito comum nos parágrafos de desenvolvimento. O Enem exige um texto dissertativo-argumentativo e, muitas vezes, os parágrafos ficam expositivos, que se limitam a dar informações, mas sem se posicionar, sem aprofundar a questão principal", disse. "Os parágrafos de desenvolvimento devem ser para argumentar".

Fonte: Redação Terra
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