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Enem: ministro atribui problema com locais de prova a 'erros' de empresa responsável

Cerca de 50 mil candidatos foram afetados pelo problema e poderão solicitar reaplicação do exame; empresa preferiu não comentar o assunto

31 out 2023 - 18h33
(atualizado às 19h56)
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Camilo Santana, durante congresso do Jeduca: 'Não podemos imaginar um jovem com esse tipo de atitude, principalmente um jovem que pretende ser médico'
Camilo Santana, durante congresso do Jeduca: 'Não podemos imaginar um jovem com esse tipo de atitude, principalmente um jovem que pretende ser médico'
Foto: Alice Vergueiro/Jeduca

O Ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou nesta terça-feira, 31, que a empresa responsável pela realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) cometeu erros na hora de distribuir os estudantes por locais de prova. A empresa preferiu não comentar o assunto.

Na última segunda-feira, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, responsável pelo Enem, afirmou que os candidatos que foram alocados acima de 30 quilômetros de distância de suas casas poderão pedir reaplicação da prova para os dias 12 e 13 de dezembro.

Nas últimas semanas, candidatos relataram a falha na distribuição de locais de provas, com estudantes alocados em escolas distantes de suas residências, alguns deles até em outra cidade. De acordo com o ministro Camilo Santana, além dos erros da empresa também houve casos de estudantes que preencheram errado a ficha de inscrição.

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"O Inep identificou que a empresa cometeu erros, teve erro do próprio aluno, isso é importante dizer. Tem erros que foram do próprio aluno, mas houve erros da empresa que é responsável pela realização do Enem. O contrato da empresa diz que nenhum aluno pode ter local de prova além de 30 km do local onde mora", disse o ministro, afirmando ainda que o Cebraspe, empresa responsável pela realização do Enem, se comprometeu a realizar a reaplicação.

O ministro da Educação afirmou ainda que a empresa irá arcar com os custos da reaplicação decorrente dos erros de alocação dos estudantes:

"Todas as despesas serão por conta da empresa, porque foi erro da empresa, está no contrato. Então, ela vai assumir todas as responsabilidades para garantir a aplicação dessa nova prova. É compromisso do MEC garantir que todos alunos prejudicados por essa empresa possam ter a localização da prova no local próximo da residência", disse o ministro.

Os pedidos de reaplicação poderão ser feitos na página do participante entre os dias 13 e 17 de novembro. As solicitações serão analisadas pelo instituto.

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No caso de erro que tenha sido cometido pelo estudante, assinalando o local incorreto de realização da prova, o MEC não poderá garantir a reaplicação. O presidente do Inep, Manuel Palácios, afirmou que os erros cometidos pela empresa dizem respeito a estudantes alocados na mesma cidade em que residem, mas em escolas muito distantes.

O Enem ocorre nos próximos dois domingos, 5 e 12 de novembro, em todo o País. Cerca de 3,9 milhões de pessoas estão inscritas no Exame, que é a principal porta de entrada para o ensino superior.

Estadão
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