Enem não vai se adequar ao Novo Ensino Médio até 2025, afirma ministro
Mudanças no Novo Ensino Médio devem ocorrer a partir do próximo ano, e MEC prevê a criação de uma bolsa-auxílio para estudantes de baixa renda
O ministro da Educação, Camilo Santana, confirmou nesta terça-feira (19) que o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) não deve mudar de formato também na edição de 2024. Ou seja, o exame não se adequará ao Novo Ensino Médio - que também passará por alterações depois da consulta pública do MEC (Ministério da Educação) -, pelo menos até a edição de 2025.
Segundo o ministro, possíveis mudanças no Enem só serão discutidas no âmbito do PNE (Plano Nacional de Educação), plano decenal que discute metas para a educação no país e que está em vias de vencimento. O novo PNE começa a ser discutido no ano que vem e terá validade de 2024 a 2034.
Durante sua participação no Congresso Internacional de Jornalismo de Educação, o ministro também confirmou duas grandes alterações no Novo Ensino Médio. A formação básica comum, apoiada na BNCC, terá carga horária de 2.400 horas - contra as 1.800 praticadas no atual modelo, implementado a partir de 2022. Com isso, os chamados itinerários formativos terão seu espaço reduzido. Santana também afirmou que o MEC pretende expandir o ensino técnico.
As mudanças no Novo Ensino Médio propostas pelo MEC estão previstas em um PL (Projeto de Lei) que ainda precisa passar pelo aval do Congresso.
Bolsa poupança no Ensino Médio
O ministro da Educação também afirmou no evento que o MEC pretende criar uma "bolsa poupança" para estudantes de baixa renda do Ensino Médio. O objetivo é estimular a permanência desses jovens na escola, já que a evasão nesta etapa de ensino é alta - em função, principalmente, da jornada dupla de muitos estudantes que precisam trabalhar.