Enem volta a abordar a ditadura militar após 3 anos
Tema havia deixado de ser abordado nas últimas edições, durante o mandato de Jair Bolsonaro (PL)
Após três anos sem abordar o tema, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023 voltou a trazer questões relacionadas à ditadura militar. Nas últimas edições, durante o mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), esse tema havia sido deixado de fora, apesar de sua presença constante na prova desde 2009.
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Carlos Carvalcante, professor da área de humanas, destaca a mudança de abordagem no exame, que contextualizou a questão do "golpe militar" com a temática sindical, exigindo dos alunos um poder de criticidade maior.
"Esse ano o termo foi golpe militar e ainda mais, além de tratar o tema como golpe militar, ainda contextualizou com a questão sindical. Então, a pegada foi outra. E exigindo do aluno um poder de criticidade maior", afirmou ele.
Além do tema, houve questões que abordaram desde o racismo em diferentes contextos ao desmatamento na Amazônia. Os estudantes também tiveram de responder a itens sobre o que antecedeu a criação do Estado de Israel, igualdade de gênero, a ginasta Simone Biles e protestos de torcedores do Fluminense contra cantos preconceituosos em estádios.
Neste domingo, além das provas de Linguagens e Ciências Humanas, com 45 questões cada, também foi aplicada a redação, que teve como tema os "Desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil".