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Estudante perde prova do Enem após ter mochila com documento roubada por flamenguistas

No momento do ocorrido, Thierry Muniz Soares usava uma bolsa com o escudo do Fluminense

4 nov 2024 - 15h02
(atualizado às 16h03)
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Estudante perde prova do Enem após ter mochila com documento roubada por flamenguistas
Estudante perde prova do Enem após ter mochila com documento roubada por flamenguistas
Foto: Reprodução/TV Globo

Um candidato de 17 anos não conseguiu fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024, aplicado no último domingo, 3, após ter a mochila, com o documento de identidade, roubada por torcedores do Flamengo nas proximidades do Maracanã, no Rio de Janeiro. 

Segundo Luiz Pierre Soares, pai de Thierry Muniz Soares, o filho usava uma mochila com o escudo do Fluminense quando foi roubado por flamenguistas. Na bolsa, estava o documento de identidade, obrigatório para fazer a prova.

"Veio o pessoal da torcida organizada do Flamengo, foram lá, e tomaram a bolsa dele porque estava de Fluminense, não podia", contou Luiz em entrevista ao Bom Dia Rio, da TV Globo, nesta segunda-feira, 4.

Ao saber do ocorrido, Luiz ainda levou uma cópia autenticada da identidade do filho no Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet), onde ele faria a prova, mas não deixaram o jovem entrar.

"Chegamos à escola e ele explicou o ocorrido. O rapaz disse que não podia fazer prova sem o documento. Ele me liga, eu estava na rua ainda voltei correndo. Cheguei na porta da escola às 12h50, levando a cópia autenticada, já que roubaram a original. O rapaz da coordenação olhou e falou que não podia porque era uma cópia autenticada", disse o pai.

Ele ainda afirmou que tentou pedir ajuda a policiais que estavam em frente ao local, mas os agentes disseram que "não podiam fazer nada".

Ao O Globo, Thierry disse que a esperança agora é tentar conseguir fazer a reaplicação do Enem, que acontece nos dias 10 e 11 de dezembro. A reaplicação do exame pode ser solicitada pelos candidatos que foram infectados por doenças ou tiveram problemas logísticos. Os pedidos são analisados individualmente pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pela prova.

Ao Terra, a Polícia Militar informou que o comando do 6º BPM (Tijuca), responsável pelo policiamento no bairro do Maracanã, foi comunicado do fato e já iniciou a apuração das informações junto às equipes que atuaram na região.

A Polícia Civil disse que o caso foi registrado na 18ª DP (Praça da Bandeira). "A vítima foi ouvida na unidade e diligências estão em andamento para apurar a autoria do crime", informou.

A reportagem também entrou em contato com o Inep sobre o caso e aguarda retorno.

Fonte: Redação Terra
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